A infecção de Jair Bolsonaro é perigosa e generalizada.
Por 27 anos, este senhor ocupou o cargo de deputado federal e vivia em seu habitual ostracismo parlamentar num habitat, chamado Congresso Nacional, altamente infectado por diversos vírus, vermes e bactérias de todos os tipos e graus de letalidade.
O deputado, que sempre teve sua pauta e base eleitoral ligada aos militares e aos integrantes da segurança pública, teve somente dois projetos de sua autoria aprovados na Câmara, mas que nada tinham a ver com esses segmentos. A proposta que estendia o benefício da isenção de imposto sobre produto industrializado (IPI) para produtos de informática e outra que autorizava o uso da substância fosfoetanolamina sintética, conhecida como “pílula do câncer”, foram a contribuição do parlamentar infectado em 27 anos desenvolvendo sua doença. Pouco ou quase nada.
Bolsonaro, seguiu em frente no congresso. Substituiu debates e aprovação de projetos, pela conhecida ignorância, proliferação de insultos e defesa da Ditadura e torturadores.
A trajetória do deputado alcançou patamares jamais visto de ineficiência parlamentar ao mesmo tempo em que se tornou porta voz da ultradireita no país com um discurso de violência e de ódio à esquerda.
A infecção de Jair era potente e foi disseminada nas redes sociais por longos meses com um conteúdo altamente danoso e contagiante. Disseminado pelas igrejas pentecostais, mídia e grandes empresários, o vírus proliferou-se. Entre os meses de outubro e novembro de 2018, alcançou a curva ascendente. Tornou-se uma pandemia nacional, infectando cerca de 55 milhões de pessoas.
Desde então, o Brasil vive essa pandemia local com inúmeros ataques aos trabalhadores desferidos por esse governo infectado. Pode-se dizer que estamos diante de uma terra em transe com infectados usando trajes verde-amarelos e se medicando com um boticário que desconhece o remédio para salvar vidas ou a economia do país num momento atravessado por uma nova pandemia mundial, que instaura uma suposta nova ordem mundial.
Cabe aos que estiveram em quarentena durante todo esse tempo, certamente, autoimunes, combaterem decisivamente essa doença chamada Bolsonavírus, que se alastrou pelo país, mas que pode estar em um momento de curva descendente.
Dessa forma seguiremos em quarentena, em defesa da vida e da classe, para combater e prevenir igualmente o Covid-19.
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