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MOVIMENTO

Petroleiros enfrentam as ameaças e fortalecem a greve nacional

Marcello Bernardo, do Rio de Janeiro (RJ)
FNP

Ato no Edise, na sexta-feira (07)

Neste domingo, 09 de fevereiro, começa o nono dia da greve nacional dos petroleiros. Os informes das federações sobre os locais de trabalho em greve somam: 35 plataformas,11 refinarias, 17 terminais, 7 campos terrestres, 5 termelétricas, 3 UTGC (Unidades de Tratamento de Gás), 1 usina de biocombustível, 1 fábrica de fertilizantes, 1 fábrica de lubrificantes, 1 usina de processamento de xisto, 1 complexo petroquímico e 3 bases administrativas.

Em quantidade de unidades em greve e adesão dos grevistas, provavelmente é a maior greve já feita pelo movimento petroleiro.

Na última sexta-feira, 07, começaram a entrar em greve as bases da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros). Como as já tradicionais e guerreiras bases do Sindicato do Litoral Paulista, com a sua histórica e aguerrida Refinaria Presidente  Bernardes (RPBC), em Cubatão (SP).

Mas a grande novidade dessa greve são as plataformas que produzem o petróleo do Pré-Sal, que entraram na greve. Estamos falando das plataformas P66, 67, 69, 74, 76 e 76, que juntas produziram em dezembro de 2019 mais de 850 mil barris por dia, gerando um faturamento bruto de cerca de 56 milhões de dólares por dia para a Petrobrás.

Ou seja, é uma greve muito forte.

Mas os inimigos dos trabalhadores estão unidos. Ives Gandra, fiador da Reforma Trabalhista de 2017 do Temer, ministro do TST, decidiu de forma isolada e sem escutar os sindicatos petroleiros, impor restrições de tal forma a inviabilizar a greve petroleira. Decidiu multar os sindicatos petroleiros e permitir a contratação de trabalhadores temporários, “fura-greve”. Uma medida autoritária, que foi tomada para tentar intimidar os trabalhadores, diante do crescimento do movimento.

A nossa greve é justa. Lutamos pelo cumprimento do acordo coletivo de trabalho, de forma a evitar centenas de demissões na Fábrica de Fertilizantes do Paraná, e a retirada de uma série de direitos. 

Mesmo após esta decisão do ministro, a greve seguiu forte e crescendo. 

O movimento grevista tem feito uma série de iniciativas para fortalecer a greve, como o grande ato na porta do Edifício Sede da Petrobrás no Rio de Janeiro, nesta sexta (07); ações com outras categorias em luta, como os trabalhadores da DATAPREV e da Casa da Moeda; a ação de distribuição de Botijões de gás, dentre outras. Nesse domingo haverá, em diversos locais do país, almoços e café da manhã com as famílias petroleiras.

Esperamos a negociação e o retirada dos ataques por parte da direção da Petrobrás e do Governo, para que possamos debater o recuo da greve.

Viva a Greve dos Petroleiros

Somos todos Petroleiros

Chega de Privatização

Chega de Demissões

Nenhum Direito a Menos

Por combustíveis com preços baratos para o povo

Por uma Petrobrás estatal a serviço do povo brasileiro

 

Com informações de: Resistência Petroleira, FNP, FUP e ANP

VÍDEO
Confira o vídeo com Marcello Bernardo, no ato do Rio de Janeiro