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MOVIMENTO

Rui Costa, o exterminador do futuro

Coletivo Afronte

O ano de 2019 foi marcado por inúmeros ataques aos direitos dos trabalhadores, da juventude e dos setores oprimidos. Entendemos que era e continua sendo preciso lutar com todas as nossas forças, pois o nosso direito ao futuro está ameaçado. Sabemos bem que o nosso inimigo número um nessa batalha, sem dúvida, está em Brasília, sentado na cadeira da presidência. Bolsonaro e sua corja miliciana tem como objetivo a liquidação dos nossos direitos sociais e a supressão das nossas liberdades democráticas.

Na luta entre os que defendem direitos e contra aqueles que querem a sua destruição, é preciso escolher um lado. O povo baiano já  escolheu o seu lado, pois não foi à toa que aqui em nosso Estado o Bozo foi rejeitado nas urnas e também nas ruas, onde nos mobilizamos em grandes atos contra o corte de verbas nas Universidades e a reforma da previdência.

Porém, infelizmente, o governador petista Rui Costa parece não ter entendido esse recado. Enquanto nos mobilizamos em defesa da educação e da previdência social, Rui Costa caminha no sentido inverso. Ao invés de ser parte da solução, da resistência, as medidas do seu governo são verdadeiros gols contra.

Nos últimos dias de 2019, Rui Costa anunciou o fechamento de escolas, entre elas o histórico Colégio Odorico Tavares, e a PEC 158/2019 que propõe uma reforma da previdência estadual. O governo diz que tal reforma é necessária, por conta da aprovação da reforma da previdência de Bolsonaro (EC 103/2019), aprovado pelo congresso federal. O que não é verdade, na medida em que ainda tramita no congresso federal a PEC 133/2019, conhecida como PEC Paralela, que visa ajustar as previdências estaduais e municipais, depois da famigerada reforma da previdência nacional. Além disso, para continuar recebendo recursos da União a única exigência no momento a Estados e municípios é o aumento da alíquota previdência para o mínimo de 14% e a criação de um fundo complementar, ambas medidas já realizadas pelo governo da Bahia em ataques anteriores a previdência social.

Já no que diz respeito ao fechamento das escolas, o absurdo é ver um Estado que já tem um dos piores índices educacionais do país, desmontando ao invés de investir na educação pública. O fechamento do Colégio Odorico Tavares, em Salvador, é simbólico. Fundado há 25 anos, com capacidade para atender quase 4 mil estudantes, o Colégio foi referência na rede pública. Em 2015 foi a sétima escola melhor avaliada nacionalmente pelo Ministério da Educação, por meio da nota do ENEM. Apenas 4 anos depois, e após sucessivas sabotagens do governo para dificultar o acesso a matrícula na escola de novos estudantes,  Rui Costa decide fechar a escola. Imediatamente o motivo do fechamento se tornou público com o anúncio da intenção do governo por leiloar o imóvel e o terreno, que fica no metro quadrado mais caro da capital baiana. Na bola dividida entre a educação pública e o setor imobiliário, Rui Costa mais uma vez mostrou de que lado está.

Não há dúvidas, trata-se de uma opção política. Novamente, Rui Costa escolhe se afastar dos trabalhadores e atacar o futuro da juventude. Vamos lutar contra esse ataque, pelos direitos dos trabalhadores e pelo nosso futuro. Por nenhum direito a menos, para que nenhuma escola seja fechada, nos somaremos as mobilizações contra esse retrocesso e convocamos toda a juventude pra caminhar junto aos servidores estaduais da Bahia pelos nossos direitos.

#AfronteoFechamentodeEscolas
#AfronteaReformadeRuiCosta