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BRASIL

Desmatamento na Amazônia cresce 30% em um ano: fora Salles, já

Will Mota, de Belém (PA)
Marcos Vergueiro/SECOMMT

Colniza MT 31 08 2019 – Força Tarefa nas ação combate ao desmatamento e queimadas ilegais em Colniza no estado do Mato Grosso Marcos Vergueiro/SECOMMT

Os dados sobre o crescimento do desmatamento na Amazônia entre agosto de 2018 e julho de 2019 são inaceitáveis. 9762 km² de cobertura vegetal foram perdidas em 1 ano, 29,5% a mais que no mesmo período do ano anterior, segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Só no Estado do Pará, foram 40% de todo o desmatamento dos 9 Estados da Amazônia Legal. E esse quadro terrível em relação ao Pará deve se agravar com a nova lei de terras do governo Hélder Barbalho, que facilita a grilagem em terras públicas.

Este dado, apesar de absurdo e inaceitável, não representa nenhuma surpresa. Em julho desse ano, Jair Bolsonaro questionou o ex-presidente do INPE, Ricardo Galvão, por ter divulgado dados relativos ao desmatamento da Amazônia e em seguida o exonerou do cargo, no início de agosto, atacando os pesquisadores do órgão e negando o crescimento do desmate da floresta amazônica.

Os dados divulgados nesta segunda-feira, 18, pelo INPE, e com o reconhecimento do governo, provam que o INPE estava certo e que o governo mentiu para a sociedade ao negar as pesquisas científicas que atestam o crescimento do desmatamento na região amazônica.

A responsabilidade por esse desastre ambiental é em primeiro lugar do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e do Presidente da República Jair Bolsonaro que, com seu discurso antiambientalista, e suas medidas de corte de verbas das políticas de fiscalização e  combate aos crimes ambientais, bem como o sucateamento de órgãos ambientais como IBAMA e ICMBIO, incentivam a ação criminosa dos desmatadores. Ao atacar o Fundo Amazônia e cortar verba das políticas de prevenção a incêndios florestais, Salles e Bolsonaro se tornam co-responsáveis pela queimada da floresta juntamente com os agentes econômicos que praticam atividades ilegais de extração da madeira e de garimpo em áreas protegidas, além da expansão desenfreada do agronegócio nas novas fronteiras de expansão da soja e pecuária extensiva no norte do Matogrosso e sul dos estados do Pará, Amazonas e Rondônia.

O atual Ministro do Meio Ambiente não tem condições de continuar no cargo, sob pena da Floresta Amazônica, região estratégica para o equilíbrio ambiental global, ser consumida pelo fogo de empresários criminosos com a conivência do atual governo. Fora Salles já! Derrotar o governo Bolsonaro nas ruas!