O ministro da Economia, Paulo Guedes, visitou Novo Hamburgo (RS) na quinta-feira, 01, em evento promovido pelo Grupo Sinos. A visita torna oportuna a discussão de temas de relevância para a cidade, como a reforma da Previdência, liberação de saques do FGTS e a geração de empregos.
Em sete meses de governo nenhuma ação conseguiu efetivamente gerar impacto na criação de postos de trabalho. A economia segue desaquecida e não há perspectivas que algo possa acontecer que transformará este cenário. Nem mesmo a liberação de saques do FGTS, que poderia movimentar o comércio, quitar dívidas dos trabalhadores, não será possível visto o valor irrisório que será permitido para quem tem saldo nestas contas, isto sem mencionar o fato de que o trabalhador que fizer o saque ficará dois anos correndo o risco de ser demitido sem poder ter o valor integral pelas atuais regras impostas pelo governo, ou seja, uma forma de colocar dinheiro na economia arriscando o futuro do trabalhador.
Já a reforma da Previdência, que penalizará os mais pobres fazendo-os trabalhar mais para receber menos, não passa de um engodo para que o governo possa se financiar ao invés de fazer o seu papel que é melhorar as condições na saúde, educação, segurança, emprego.
O ministro da economia visita nossa cidade enquanto Novo Hamburgo tem pressa de soluções que não destruam o futuro de nossa população, pois o que foi visto até agora foram ações que promovem o bem estar de quem já possui condições financeiras boas relegando aos mais pobres apenas a função de trabalhar mais e receber menos. A promessa de campanha do então candidato a presidência Bolsonaro era de menos direitos ou menos empregos, hoje a realidade é menos empregos e menos direitos. Que a população da cidade pense nestas questões não somente enquanto o ministro estiver na cidade, pois são temas importantes que irão impactar no desenvolvimento social por muitos anos.
* Julio Colbeich é Professor Doutor em comunicação pela Unisinos
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