Na contramão das potentes manifestações que tomaram conta das ruas de Belém tanto no dia 15 quanto no 30 de maio, contra os cortes do governo Bolsonaro à educação, neste dia 11 de junho, a Câmara Municipal de Vereadores de Belém aprovou por maioria, o projeto de autoria do vereador Sargento Silvano (PSD), de conceder o título de Cidadão de Belém a Bolsonaro.
Um verdadeiro escárnio, com este título a maioria dos vereadores fazem apologia ao ódio, ao feminicídio, ao crescimento do genocídio do povo negro nas periferias, a perda da aposentadoria (vide a reforma da previdência de Bolsonaro/Guedes), aos cortes de verbas na educação. Dos 25 vereadores presentes somente 5 votaram contra, dentre estes o vereador Fernando Carneiro e a vereadora Nazaré Lima, ambos do PSOL, e outros 2 vereadores disseram ter votado contra mas não afirmaram na tribuna, portanto, não há como ter clareza se o voto foi contra ou a favor. O fato é que a maioria absoluta dos vereadores de Belém governam contra o povo, no mês de maio apenas uma sessão teve quórum, mesmo tendo pautas urgentes para discussão como a questão do lixão e do aumento da tarifa de ônibus, bem diferente desta sessão que os parlamentares compareceram em peso para reafirmar de que lado estão.
Mas além da Câmara Municipal, ainda nesta terça, a Assembleia Legislativa do Estado também resolveu, vergonhosamente e por meio do voto secreto, conceder o título de Cidadão Honorífico do Estado do Pará a Bolsonaro, projeto de autoria do deputado Delegado Caveira (PP), foram 22 votos a favor, 5 votaram contra, dentre estes a Deputada Estadual Marinor Brito (PSOL) e 3 se abstiveram. No dia 13 agora, véspera da greve geral, Bolsonaro virá a Belém para participar da comemoração do aniversário de 108 anos da igreja Assembleia de Deus no Brasil. Portanto, as bancadas evangélicas ultra conservadoras e a bancada da bala das duas casas, querem receber seu “chefe maior” com toda honraria, enquanto viram às costas para o povo da capital e do Estado.
Esses títulos concedidos pela maioria de vereadores e de deputados não refletem o posicionamento do povo de Belém, que no segundo turno da eleição presidencial de 2018, disse #ELENÃO nas urnas.
Em resposta, nós que temos no sangue a revolta da Cabanagem, que fizemos duas gigantes marchas contra o então candidato da extrema direita, que fomos maiores ainda no 15M e no 30M, estaremos com toda força nas ruas nesse 14 de junho, dia da greve geral, em defesa da aposentadoria, contra a destruição da educação, mas também exigindo a renúncia de Sergio Moro e por Lula Livre. Vamos derrotar o governo Bolsonaro nas ruas.
VEJA QUEM VOTOU A FAVOR
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