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Bancários votam participação na greve geral em assembleias por todo o país

Juliana Donato e Bento José, de São Paulo, SP
Reprodução Facebook

Sindicatos de bancários em todo o país estão convocando os trabalhadores para assembleias extraordinárias. Na pauta, a adesão da categoria à greve geral do dia 14 de junho, convocada pelas centrais sindicais e movimentos sociais, contra a Reforma da Previdência de Paulo Guedes e Bolsonaro. No Acre, Pará, Bahia, Porto Alegre, Florianópolis, Belo Horizonte, Rio Grande do Norte, as assembleias já aprovaram adesão. Nos próximos dias, assembleias estão sendo convocadas. No Ceará e Maranhão acontecerão no dia 8 de junho; em Brasília, no Piauí e em Alagoas em 10 de junho; e, no dia 11 de junho será a vez de São Paulo, Bauru, Santos, Rio de Janeiro, Pernambuco, Vitória da Conquista.

Além de aprovar a adesão à greve, as assembleias servirão para organizar os bancários para participarem deste que promete ser um grande dia de luta dos trabalhadores. Derrotar a reforma da previdência, que retira direitos, é tarefa de todos os trabalhadores. Mas os bancários têm alguns motivos a mais para cruzarem os braços e demonstrarem sua insatisfação aos bancos.

A reforma da previdência pretende implementar no Brasil o sistema de capitalização, pelo qual somente o trabalhador contribui para sua aposentadoria, formando uma poupança individual, que será sua aposentadoria no futuro. E quem vai gerir as poupanças individuais dos trabalhadores? Sim, eles mesmos: os bancos.

Bolsonaro e Guedes não se cansam de dizer que é preciso aprovar a reforma por que há um rombo na previdência pública, mas omitem o fato de que bancos e grandes empresas acumulam bilhões em dívidas com a previdência social. É dinheiro que deveria pagar aposentadorias e benefícios, mas está nos bolsos dos banqueiros, que estão entre os maiores devedores da previdência social. O Bradesco deve R$ 465 milhões e o Itaú, R$ 88 milhões. Por que não pagam sua dívida? Falta de dinheiro não é. Só em 2018, os bancos lucraram R$ 98,5 bilhões, um aumento de 17,4% em relação a 2017, representando o maior lucro dos bancos desde o Plano Real, em 1994. Para eles, não há crise. Pelo contrário.

Portanto, sobram motivos aos bancários para participarem ativamente da greve geral, ao lado dos demais trabalhadores e jovens brasileiros. Recentemente, os estudantes e trabalhadores da educação deram um grande exemplo indo às ruas aos milhares contra os cortes de verbas na educação. Agora, é hora dos demais trabalhadores seguirem o exemplo e fazerem uma grande greve geral no país. Para isso, cada trabalhador bancário tem uma tarefa nos próximos dias: participar das assembleias e conversar com seus colegas de trabalho para ampliar a mobilização. E, no dia 14 de junho, todos de braços cruzados e na luta.