Metroviários de São Paulo vão parar no dia 14

Camila Lisboa, de São Paulo, SP

Metroviários no ato do dia 30, em São Paulo

Em assembleia realizada nesta quinta-feira (6), os trabalhadores metroviários de São Paulo decidiram pela participação na greve geral do dia 14 de junho. Esta decisão fortalece muito o movimento que vários sindicatos e movimentos sociais estáão construindo para derrotar a reforma da previdência de Bolsonaro.

Em 2017, os metroviários participaram das greves nacionais dos dias 15 de março e 28 de abril. A defesa da previdência pública e a compreensão de que novo projeto da reforma da previdência ataca profundamente o direito dos trabalhadores se aposentarem já tem certo acúmulo entre os metroviários. Além de terem participado das greves em 2017, na última campanha salarial a categoria vestiu o colete vermelho que denunciava a reforma da previdência. Essa atitude foi muito importante tanto para a batalha travada na campanha salarial, quanto para construir força social para o embate da previdência, e também foi fundamental para dialogar com a população que utiliza o metrô.

Empresa assedia a categoria

No mesmo dia 6, a direção do Metrô divulgou um comunicado escandaloso, que ameaça a categoria e interfere sobre os debates da assembleia dos trabalhadores. Um verdadeiro absurdo.

Plenária dos transportes fortalece a greve geral

No dia 5, em Brasília, ocorreu uma plenária nacional dos trabalhadores do transporte, para organizar a greve do dia 14 e para fortalecer a luta contra a privatização dos transportes. Essa iniciativa unitária foi muito importante, porque os trabalhadores do metrô entram com mais firmeza na greve geral na medida em que se vê parte de um movimento geral.

Combinar a luta da educação com a luta contra a reforma da previdência

No dia 30, mais de 50 metroviários participaram da manifestação contra os cortes da educação pelo governo Bolsonaro. A presença de setores da classe trabalhadora organizada nessa luta ajuda a combinar as tarefas fundamentais que temos pela frente: derrotar a reforma da previdência e os cortes na educação. Além disso, promove uma aliança poderosa entre setores estratégicos da classe trabalhadora e a força da juventude.

No dia 14, batalharemos para repetir essa unidade. Vamos fazer greve e participar da manifestação unificada.