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BRASIL

Extrema direita gaúcha mais uma vez em movimento

Altemir Cozer, de Porto Alegre, RS
Divulgação / Via blog Claudemir Pereira

Ato em Santa Maria (RS)

As manifestações do último domingo, 26, confirmaram que o Rio Grande do Sul, nesta situação política, é um dos estados mais bolsonaristas e de extrema direita. Em Porto Alegre, a manifestação foi grande e não teve nada de espontâneo. Não teve 100 mil como em outros atos, mas teve cerca de 10 mil participantes.

Estiveram lá os mesmos atores dos atos de 2015 e 2016: Deputados do PSL, do NOVO, do PPS, do PP. Também esteve a Banda Loka Liberal que anima os presentes com agitação cheia de conteúdo programático e ideológico. É verdade que tinha menos gente do que no auge das manifestações do impeachment de Dilma, mas foi forte o suficiente para pressionar o deputado federal pelo NOVO, mais votado do Estado, a ir a manifestação, apesar de sua opinião contrária.

Além da capital, houveram atos em dezenas de outras cidades. Em médias cidades, como Erechim, Passo Fundo, Caxias do Sul e Santa Cruz, os manifestantes ficaram entre 1 e 3 mil participantes com trio elétrico, com tratores, etc Em outras menores, como Uruguaiana, Bento Gonçalves e Federico Westphalen, também algumas algumas centenas ocuparam praças e ruas. Em Pelotas um grupo de caminhoneiros se juntou aos manifestantes que estava em uma praça da cidade.

O interior do RS tem se destacado por posturas de direita e anti-democráticas com formação de milícias rurais, ataques a caravana do Lula em 2018,  quando várias cidades grupos armados atacaram com armas na cintura e atitudes fascistas  impedindo a caravana de entrar em uma ou outra cidade, como Passo Fundo. Foi no interior do estado também que a ultra direita fascista se infiltrou no movimento dos caminhoneiros de 2018 para defender intervenção militar.

Apesar das manifestações do 26 serem manifestações menores que em outros momentos, o tamanho que atingiu em Porto Alegre, e a quantidade de cidades que teve iniciativa de fazer ações confirmam a afirmação que fizemos. A defesa de posições anti democráticas e o clima anti vermelho, anti PT polarizam e alimentam a intolerância e complementam a situação. Junto com isso, os discursos anti partidos e vários afirmações que as manifestações eram apartidárias caracterizam o que definimos como ultra direita. No domingo, entre a direita, eles foram maioria, apesar de vários setores estarem disputando o rumo deste segmento ideológico.

Marcado como:
extrema direita