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MOVIMENTO

Movimenta UFPE: uma inovadora Chapa Coletiva, composta pelos três segmentos, para reitoria

Coragem para resistir e defender a universidade pública!

Elimar Vitalino e Nise Santos, de Recife, PE

A UFPE é uma das primeiras universidades do Brasil a passar pelo processo de escolha de nova reitoria sob o Governo Bolsonaro. A eleição, nos dias 29 de maio (primeiro turno) e 12 de junho (segundo turno), ocorre em meio a intensos ataques às universidades brasileiras, com declarações hostis e mentirosas de ministros sobre o cotidiano das universidades públicas e sua participação em nossa produção científica, e anúncios de cortes bilionários que inviabilizam o funcionamento dessas instituições.

Frente a esse cenário sombrio não podemos vacilar, nem procurar saídas fáceis. É preciso responder aos ataques com altivez, firmeza e inteligência. A juventude tem se levantado em todo o País, em assembleias e atos multitudinários, dando mostras de que não aceitará muda o projeto obscurantista, autoritário e privatista do governo para a educação. A Greve Nacional da Educação, no próximo dia 15 de maio, certamente representará um marco importante na defesa da liberdade de cátedra e do financiamento público para a educação pública.

Na UFPE, uma candidatura à reitoria incorpora o desafio de resistir aos retrocessos e manter vivo o projeto de uma universidade pública, autônoma, gratuita, laica e a serviço da classe trabalhadora. A *Movimenta UFPE* é uma chapa coletiva formada por Adriel Rodrigues (mestrando da pós em Educação contemporânea), Daniel Rodrigues (professor do Centro de Educação), Fernando de Lima (estudante de Educação Fìsica, em Vitória de Santo Antão), Helder Caran (técnico do Centro Acadêmico do Agreste), Luciana Cavalcanti (doutoranda da pós em educação), Millena Alexandre (estudante de Farmácia), Roberta Ramos (professora do Centro de Artes e Comunicação) e Ymira da Silva (técnica do Centro Acadêmico de Vitoria). Oito pessoas. Quatro mulheres e quatro homens. Estudantes, docentes, técnico e técnica, que juntos aceitaram o desafio de conduzir democraticamente a maior universidade de Pernambuco pelos próximos quatro anos.

A proposta, inspirada em experiências como a da Juntas, co-deputadas estaduais em Pernambuco, ou da Bancada Ativista, na Assembleia Legislativa de São Paulo, parte da crítica à estrutura universitária, desde sempre hierarquizada e desigual, que concentra poder e recursos na mão de poucos. Rechaça veementemente as saídas privatistas e excludentes que vem sendo apresentadas por outras candidaturas, por entender que estas levam à submissão da universidade aos interesses do capital privado e ao aprofundamento das desigualdades já existentes dentro da instituição, e busca, a partir da participação efetiva na gestão, mobilizar todos os segmentos para a defesa intransigente do caráter público da universidade.

A *Movimenta UFPE* opta pelo caminho da luta coletiva. Com coragem, apresenta um projeto de universidade efetivamente pública, democrática e popular, comprometida com a transformação social, com a defesa das liberdades democráticas, e com o combate de todas as formas de opressão. Que experiências como essa se multipliquem, e movimentem todas as universidades do País.

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ufpe / universidade