Jair Bolsonaro agride mais uma vez as pessoas LGBTs e as mulheres, ao fazer uma declaração repulsiva e criminosa de que “o Brasil não pode ser o país do turismo gay. Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade”.
Além de esta ser uma fala homofóbica e machista, trata-se de apologia ao turismo sexual. Muitas mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade estão sujeitas a prostituição, exploração sexual e tráfico internacional para fins sexuais. O Brasil é o 11º no ranking de abuso e exploração sexual infantil, atingindo meio milhão de crianças por ano. Mulheres e crianças são as principais vítimas de tráfico humano. Há tempos lutamos contra a associação do Brasil como um destino para o turismo sexual.
No Brasil, a cada três minutos, uma pessoa LGBT sofre violência e, a cada 11 minutos, uma mulher é estuprada. É o país que mais mata LGBTs e o quinto em feminicídios no mundo. O discurso de ódio de Bolsonaro incentiva a violência contra mulheres e LGBTs.
Essa política de ódio de Bolsonaro é uma política de eliminação às mulheres e LGBTs, setores que encabeçam as lutas contra os ataques aos direitos e às liberdades. Devemos dizer ainda que tem uma finalidade político-econômica, que é a de recair sobre esses setores os efeitos da crise e da sua política de ajuste, tendo como centro a reforma da previdência e os cortes nas políticas sociais.
Diante dessa realidade assustadora e em defesa do direito à vida e à liberdade, lutamos contra todos os ataques desse (des)governo, que não quer só acabar com os nossos direitos, mas com a nossa existência.
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