30 anos do Caracazo: EUA, tirem as mãos da Venezuela
Publicado em: 27 de fevereiro de 2019
Hoje é um dia muito importante para a História da Venezuela, no qual lembramos os 30 anos do Caracazo. No dia 27 de fevereiro de 1989, eclodiu uma insurreição popular urbana, semi-espontânea, cujo centro foi a capital da Venezuela.
O povo trabalhador reagiu contra um pacote neoliberal do governo “social-democrata” de Carlos Andrés Perez. O estopim foi o aumento no preço das passagens dos transportes públicos.
Aconteceram saques de alimentos, protestos de todo o tipo, com forte enfrentamento com as forças de repressão. O governo da AD (Ação Democrática), partido de Perez, usou as forças armadas para reprimir a luta popular. O resultado foi mais de três mil mortos pela ação criminosa da burguesia venezuelana.
Para se ter ideia da força do movimento: mesmo após três semanas da repressão, muitos trabalhadores não retornavam a produção, mesmo com toda a campanha midiática do governo e da imprensa.
Independente das justas críticas aos limites e contradições do Chavismo, é importante reconhecer que tudo que se avançou na Venezuela nas últimas décadas teve um ato inaugural: a força revolucionária do povo venezuelano, expresso na onda de lutas iniciadas pelo Caracazo. A Venezuela nunca foi a mesma depois deste acontecimento histórico.
Hoje, quando há ameaças do imperialismo dos EUA, com sua feição mais horrível, representada por Trump, ajudado por governos lacaios do Continente, como o de Bolsonaro, figura sinistra de extrema-direita, novamente o povo venezuelano é chamado à luta.
A tarefa prioritária do momento é uma só: se apoiar na força do Caracazo para derrotar a agressão imperialista de Trump, Guaidó, Bolsonaro, entre outros golpistas.
Quem deve decidir sobre seu futuro é o próprio povo venezuelano. EUA, tirem as mãos da Venezuela. Vamos à luta. A América Latina será anti-imperialista.
Entrevista
AO VIVO DA VENEZUELA | Nesta quarta-feira (27), nossos correspondentes na Venezuela entrevistaram o ativista Élio Colmenares, que participou ativamente das manifestações do Caracazo à época. Élio conta como foi o movimento. “Foi uma mudança na história, um despertar do povo Venezuelano”, disse.
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