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Servidores foram novamente às ruas contra a reforma da Previdência de São Paulo

Por: Lys Arraes, de São Paulo, SP

A greve dos servidores municipais continua. Na terça-feira (19/02), uma multidão de funcionários públicos tomou as ruas da região central de São Paulo a fim de, mais uma vez, manifestar indignação a respeito da Lei 17020/18, conhecida como Sampaprev, e exigir sua revogação. Já aprovada, a lei pretende, entre outras reformas relacionadas à previdência dos servidores municipais de São Paulo, confiscar os salários desses trabalhadores em 14%.

O último ato começou em frente ao prédio da Prefeitura. O petista Eduardo Suplicy se prontificou a entregar, em conjunto com outros vereadores, uma petição, assinada por eles, para que o prefeito atendesse às solicitações dos manifestantes e dialogasse com os representantes do movimento. O documento foi entregue, no entanto, não houve diálogo.

A multidão se deslocou por todo o centro de São Paulo, caminhando até as proximidades da Marginal Tietê, quando, receosa quanto à ação da Polícia Militar, que recebeu ordens de proibir a ocupação das pistas da Marginal, recuou. Haverá outro ato, novamente em frente à Prefeitura, na próxima sexta-feira (22), às 15h.

Até o presente momento, a paralisação continua. Houve deliberação pela continuidade da greve, até que o prefeito Bruno Covas (PSDB) dialogue com os servidores, ouça suas reivindicações e se proponha a solucionar o problema.

Seus filhos estão sem aulas? Compreenda os motivos

A luta dos professores das escolas municipais de São Paulo, e também de outros servidores públicos, consiste, basicamente, em impedir o confisco de seus salários e as mudanças injustas na aposentadoria.

É assunto de conhecimento geral que professores são mal remunerados e que o padrão municipal de educação é sempre o mesmo: salas lotadas, problemas infraestruturais, falta de vagas, etc. Nesse sentido, percebe-se o quanto essa luta é imprescindível.

Sabe-se que é muito importante que o ano letivo tenha seu início e que as aulas sejam devidamente repostas. No entanto, o momento pede compreensão e acolhimento dos pais e alunos, uma vez que a luta não é só dos professores e dos demais servidores: é de todos, pelo direito dos cidadãos de São Paulo a uma cidade democrática, justa e plenamente acolhedora no oferecimento de todos os seus serviços.

 

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