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EDITORIAL

Dia 20 é dia da Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora

Editorial de 19 de fevereiro de 2019

Governo Bolsonaro parte para o ataque. Trabalhadores começam a organizar a luta

Nem bem saiu do hospital e o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com lideranças do governo para fechar a proposta da Reforma da Previdência que será encaminhada à Câmara. Analisando o que foi apresentado pela mídia até agora, o texto será muito mais duro do que o de Temer. É importante lembrar que apesar de todos os esforços e de todo o dinheiro gasto em propaganda pelo governo Temer, naquele momento a reforma não foi aprovada. Grandes manifestações no 8 de Março e uma das maiores greves gerais da história do Brasil, além da crise no governo, fizeram com que Temer saísse derrotado.

Apesar de ter um importante apoio popular, Bolsonaro inicia um governo envolvido em escândalos, logo nos primeiros dias de mandato. Podemos citar o caso do filho do vice presidente indicado para cargo no Banco do Brasil, o laranja Queiroz e o envolvimento do seu filho, o senador Flavio Bolsonaro e a primeira dama Michelle Bolsonaro, o possível envolvimento com miliciano e agora, o escândalo do ex presidente do PSL, partido de Bolsonaro e um dos principais ministros, agora já exonerado, Gustavo Bebianno.

É hora de a classe trabalhadora organizada entrar em ação!

Sabemos que o governo, os megaempresários e a mídia jogarão todas as suas cartas para a aprovação dessa reforma. Mas o que temos a nosso favor?

A crise no governo e os constantes escândalos já contaminam a pauta política e o “mercado” começa a se preocupar com isto. Mas os trabalhadores precisam entrar em cena com a força de sua mobilização, que ajudou a impedir a reforma de Temer.

A última pesquisa sobre o tema mostra que a grande maioria da população é contra a Reforma da Previdência. Então, mãos à obra!

Dia 20 de fevereiro, às 10 horas da manhã, na Praça da Sé, na cidade de São Paulo, acontecerá a Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora. Essa assembleia está sendo organizada por 8 (oito) centrais sindicais, em uma unidade fundamental para potencializar as lutas que garantirão nossa vitória. Pela importância dessa iniciativa é fundamental a participação de lutadoras e lutadores de todo o país. O sucesso dessa assembleia será decisivo para nossa boa colocação na luta contra a reforma.

Assembleia precisa tirar um calendário de lutas

Na assembleia serão apresentadas, debatidas e votadas as propostas de organização e luta, apresentadas por trabalhadores dos diversos estados. É fundamental que sirva para dar o pontapé inicial na luta contra a Reforma da Previdência, pelas liberdades democráticas e contra os ataques de Bolsonaro e demais governos. Precisamos de um calendário unificado de lutas com dias de mobilizações e paralisações que possam desembocar em uma greve geral, assim como em 2017. As centrais sindicais precisam colocar todas as suas forças a serviço da construção desse calendário de mobilização junto à base das categorias de trabalhadores.

A unidade em torno da luta contra a reforma é um passo importante, assim como todas as demais unidades e frentes que surgem para resistir aos ataques do novo governo. É preciso ir além, construindo uma Frente Única para defender nossos direitos e liberdades e derrotar a extrema-direita. Essa frente deve reunir todas as centrais e sindicatos e também os movimentos de luta contra as opressões, as frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, o fórum de luta que será lançado neste dia 19 em São Paulo , e os partidos e organizações da classe trabalhadora.

No dia 20 também haverá atividades em todos os estados. Atos, panfletagens, plenárias, mesas de debate estão sendo organizados para garantir a participação do maior número de pessoas para construir a mobilização. Participe!!!

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