Conheça os vereadores de São Paulo que querem acabar com o serviço público e confiscar salário dos servidores
Publicado em: 18 de fevereiro de 2019
Estes e Bruno Covas não merecem seu voto
Os servidores municipais não estão em greve porque gostam, nem porque são “vagabundos”, ou por qualquer outro motivo que não seja a retirada de direitos. A greve é o último recurso que temos.
Já os cidadãos no cartaz acima, junto com o governador Doria e o prefeito Bruno Covas, são os verdadeiros responsáveis pela greve unificada do serviço público municipal. Estes são aqueles, também, que aprovaram para si 26% de reajuste salarial e muitos negociaram cargos nas subprefeituras e nas secretarias do município em troca de retirar direitos do funcionalismo, para implementar a agenda ultraliberal, que atende aos interesses do capital financeiro nacional e internacional.
Desde 1998, os governos têm atacado a previdência da classe trabalhadora. Em 1998, houve a reforma do governo FHC, em 2003, Lula fez a segunda reforma, e no período de 2016 e 2018 Temer tentou retirar mais direitos em outra reforma que barramos com nossa luta. Agora, Bolsonaro apresentará outra proposta que prejudica, e muito, a vida de toda a classe trabalhadora, utilizando-se do mesmo argumento de Bruno Covas: deficit previdenciário. Ora, se fosse este o problema, estaria resolvido, pois praticamente dobrou a contribuição previdenciária dos trabalhadores e das trabalhadoras, de 6% para 11%.
Em São Paulo, Doria e Covas alegam um rombo de mais de R$ 6 bilhões no IPREM (Instituto de Previdência do Município) para elevar para 14% o desconto, mas não dizem que quem não contribui com sua parte é o município e que boa parte dos recursos desse órgão foram utilizados para outros fins, como obras de túneis e vias públicas, e nunca devolvidos ao IPREM.
Também não dizem que os maiores devedores da previdência são grandes empresas e bancos – principais beneficiados pelas reformas com a chamada capitalização (sistema ao qual o servidor e a servidora são obrigados a a entregar parcela de seu salário ao sistema financeiro, que especulará e, talvez, a devolva à época da aposentadoria – se ocorrer). E, não falam que, ano após ano, têm perdoado bilhões das dívidas dessas empresas e bancos.
É mentiroso o discurso de que a reforma será feita para melhorar a economia e gerar empregos: o exemplo de outros países mostra o contrário. Como também é falacioso o discurso de que estes recursos retornarão em melhorias à cidade e à população: este mesmo governo cortou o Leve Leite, piorou a qualidade do material e uniformes escolares, reduziu o transporte escolar gratuito, fechou postos de saúde, vai diminuir as linhas de ônibus e aumentou em 7,5% as passagens, aumentou o IPTU, não mantém a iluminação das ruas funcionando e, se repararmos bem, há mais buracos do que ruas na cidade de São Paulo.
Não é justo que paguemos uma conta que não fizemos! Nosso último recurso é a greve, e pedimos apoio de toda a classe trabalhadora, em vista que os ataques que estamos sofrendo agora virão em breve, muito breve, para todos e todas. Exigimos a revogação da Sampaprev, a garantia dos nossos direitos e investimentos nos serviços públicos para que possam funcionar adequadamente.
A greve continua!
A população merece serviços públicos dignos e os servidores merecem respeito.
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