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MOVIMENTO

Sindicalista é executado no interior da Bahia

da redação*

No dia 08 de novembro, Aroldo Pereira de Souza, 47 anos, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais da cidade de Central (BA), foi assassinado com quatro tiros, por um homem em uma moto. Aroldo foi morto por volta das 07h, na zona rural do município, a 510 km de Salvador.

Apesar de não haver suspeitos até o momento, tudo indica tratar-se de uma emboscada, com motivações políticas. Aroldo fazia todos os dias o mesmo percurso, indo ao povoado de Larguinha para alimentar animais em sua roça. Ele abria a porteira da propriedade quando foi atingido. Ele foi socorrido e levado para o hospital da cidade, e em seguida, transferido ao Hospital Regional de Irecê, onde foi cirurgiado, mas não resistiu. A polícia não trata o crime como latrocínio, uma vez que nenhum pertence da vitima foi levado.

Aroldo era um sindicalista ativo, estava a frente da paralisação de professores da rede pública municipal e outros servidores da região, e no dia seguinte, participaria de uma audiência com o Ministério Público, de tentativa de conciliação sobre o movimento grevista, que durava dois meses, cobrando o pagamento de salários. Vários professores, pais e alunos participavam do movimento.  “Não tem como entender o fato dos recursos federais chegarem regularmente todo mês, e os professores estarem com seus salários atrasados”, dizia Aroldo nas reuniões dos sindicalizados e entrevistas nas emissoras de rádio da região. Em seu facebook, ele acusou o prefeito de tratar a greve com truculência.

O clima na cidade é de muita tristeza e revolta. Aroldo deixa esposa e três filhos e seu enterro foi marcado por protestos e pedidos de justiça. O assassinato é mais um exemplo da criminalização dos movimentos sociais e se soma aos casos de violência política contra ativistas e militantes sociais, especialmente no campo e nas áreas indígenas e quilombolas.

*Com informações da imprensa da região e da CTB-BA.

 

 

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