A voz de comando é fascista
Publicado em: 28 de outubro de 2018
Jair Bolsonaro influencia milhões de pessoas, numa articulação com setores das forças armadas, agronegócio, organizações como MBL, a ultra direita do PSDB e DEM, apoiado por intelectuais da extrema direita como Olavo de Carvalho, assessorado por Steve Bannon, elogiado pela Ku Klux Klan, abençoado pela o oportunismo igrejeiro (registro que não são todas as igrejas que têm essa pratica, é preciso reconhecer) e ovacionado pelo mercado financeiro desalmado, como diz Haddad… Essa santa aliança da extrema direita liberal e conservadora possui uma voz de comando. A principal figura publica dessa frente do retrocesso civilizatório é Jair Bolsonaro e ele dá ordens no estilo ditador e autoritário, vulgar, medíocre… Mas ele dá ordens!
Jair Bolsonaro não sabe que é um líder de massas? Seria ingênuo demais para não entender que bradar “vamos metralhar a petralhada” pode ser levado até as últimas consequências pelo seus apoiadores mais extremistas?
Ou trata-se de palavras de ordem conscientemente introduzidas para servir um projeto estratégico que começa a se formar com o objetivo de impor ideias fascistas na sociedade?
A maioria da esquerda e até setores da centro direita já acusam características fascistas nessa candidatura. Fernando Henrique Cardoso, ex- presidente da República, que é um dos chefes do PSDB (opositor histórico do PT), em relação ao episódio no qual o filho de Bolsonaro ameaça o STF, declarou: “Isso cheira a fascismo”. Ou seja, parte da elite política e distintas frações da burguesia democrática desconfia do projeto da chapa dos milicos. E por isso figuras publicas do peso de Joaquim Barbosa e Rodrigo Janot (os senhores que mais investigaram e condenaram petistas na história desse país) declararam apoio a Fernando Haddad. Para esses senhores, a candidatura do PSL representa um impacto negativo bem mais destrutivo para o país, uma ameaça as liberdades democráticas. A perturbação mental de uma possível vitória de Bolsonaro não só fez Barbosa e Janot votar em Haddad, como fizeram sentir a obrigação e a urgência de publicar o voto. Existe também aqueles que estão em dúvida do significado das verdadeiras características da chapa da dupla Jair e Mourão. E não querem votar no 17, pois não querem pagar pra ver se estamos mesmo de frente para a barbárie ou não.
Assim cresce a resistência e as ruas começam a ter arroubos e instabilidade democrática provocada sistematicamente pela campanha de Jair Bolsonaro. A violência de setores extremistas da chapa de Bolsonaro e a conivência de todos os envolvidos na campanha está levando a surgir a cada dia fatos novos envolvendo ameaças, agressão física, estupros e assassinatos… Nessa semana um menina foi estuprada por apoiadores de Bolsonaro, fizeram a ameaça e cumpriram. No ultimo dia de campanha, outro caso, um apoiador da família Bolsonaro abriu fogo contra a carreata de Haddad no interior do Ceará, matando um jovem que é filho de uma sindicalista cutista. Ambos os casos viraram escândalo no estado do Ceará e no Brasil e estão sendo investigados pela polícia.
O que está acontecendo nessa campanha já é o prenúncio de um governo autoritário, violento e uma verdadeira ameaça as liberdades democráticas. Não sabemos se a onda pró Haddad que cresceu nos últimos dias vai ser suficientemente forte para ultrapassar a campanha do 17. Mas tod@s que estão querendo repensar o seu voto, os indecisos, aqueles que querem votar branco e nulo já levam em consideração que essa eleição está sendo disputada por um deputado de ideias fascistas e um professor democrata de esquerda, ex-ministro da Educação.
LEIA MAIS
E se não vencermos, o que podemos esperar de um governo Bolsonaro?
Top 5 da semana

brasil
Prisão de Bolsonaro expõe feridas abertas: choramos os nossos, não os deles
brasil
Injustamente demitido pelo Governo Bolsonaro, pude comemorar minha reintegração na semana do julgamento do Golpe
psol
Sonia Meire assume procuradoria da mulher da Câmara Municipal de Aracaju
mundo
11 de setembro de 1973: a tragédia chilena
mundo