Pular para o conteúdo
Colunas

Apuração da eleição do Sindicato dos Vidreiros de São Paulo será neste sábado

Divulgação

José Carlos Miranda

José Carlos Miranda foi ferroviário e metalúrgico. Ativista dos movimentos sociais desde os anos 1981, é da Coordenação Nacional da Resistência/PSOL, membro do Conselho Curador da Fundação Lauro Campos (PSOL) e da Direção do PSOL-SP

Neste sábado, 11, ocorrerá a apuração dos votos da eleição para o Sindicato dos Vidreiros do Estado de São Paulo. A eleição começou na quarta-feira, 08, e foi até a sexta-feira, dia 10. Trata-se de um importante sindicato operário, tradicional de São Paulo, que representa trabalhadores de um segmento da indústria tem uma grande importância nas cadeias produtivas de praticamente todos os setores da indústria: construção civil; automobilística; embalagens para as indústrias farmacêuticas, alimentação, perfumaria e uso doméstico. E, justamente por isso, a maioria das fábricas estão localizadas nos principais polos industriais.

O estado de São Paulo concentra cerca de 80% da produção de vidro do país e este é também o percentual de trabalhadores deste segmento no estado. O Sindicato estima hoje em 22 mil empregados no setor concentrados na Grande São Paulo, Vale do Paraíba, ABC, região de Sorocaba e região de Campinas. Destaca-se um importante segmento da categoria: os vidreiros manuais na cidade de Ferraz de Vasconcelos, região leste da Grande São Paulo, setor muito mobilizado e participativo das lutas operárias.

O sindicato tem uma grande tradição de lutas e conquistas desde sua retomada por uma direção combativa desde 1981. A direção do sindicato teve participação ativa na fundação da CUT em 1983, nas greves gerais da década de 1980 e nas principais lutas do povo brasileiro como nas Diretas Já, Fora Collor, contra as privatizações de FHC, contra as medidas de ataque aos trabalhadores do governo Lula e Dilma. E no último período contra o impeachment de Dilma, na greve geral de abril de 2017, na Marcha em Brasília em 24 de maio de 2017, nos protestos e mobilizações contra as reacionárias medidas do golpista Temer.

Isso sem dizer em inúmeras mobilizações, paralisações, protestos e greves em defesa dos direitos e conquistas dos trabalhadores no chão de fábrica. Se posicionando e organizando os trabalhadores e trabalhadoras no chão de fábrica contra o banco de horas, a coparticipação (pagamento de parte do valor dos planos de saúde pelos trabalhadores), em defesa das CIPAs combativas etc.

Apesar da conjuntura defensiva de brutais ataques aos direitos trabalhistas e a organização sindical, os companheiros e companheiras tem se mantido firmes aos princípios da independência política e financeira dos patrões. A eleição teve chapa única, a Chapa 1 Nenhum Direito a Menos. A chapa é composta por companheiros e companheiras da Resistência/PSOL, da Artsind e da CTB, e o sindicato é filiado a CUT. Nesta chapa existe uma renovação de 30% dos membros da atual diretoria, com uma importante participação de mulheres, inclusive na Comissão Executiva.

A eleição da Chapa 1, obtendo o quórum em primeiro turno, será uma importante vitória para os vidreiros e vidreiras seguirem com uma direção combativa e fiel aos interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora.

Todo apoio à Chapa 1 – Nenhum direito a menos!
Viva a luta dos vidreiros e vidreiras!
Viva o Sindicato dos Vidreiros!

Artigo atualizado em 11 de agosto de 2o18

Marcado como:
movimento sindical