Nesta quarta-feira, 08, o Senado argentino discute e vota o Projeto de Lei que pode tornar o aborto legal no país. Depois de uma votação apertada entre os deputados – 129 a 125 – o projeto necessita da aprovação dos senadores para tornar-se lei. A vitória na Câmara foi resultado de uma grande campanha das mulheres argentinas, que, de forma unitária, pautaram o tema do aborto e conquistaram as ruas.
O Esquerda Online já está em Buenos Aires, e fará a cobertura dos atos e da votação, através de um especial. A companheira Amanda Menconi, de Campinas, já está enviando relatos da situação do país e do clima das ruas: Pessoas andando nas ruas com seus lenços verdes, tendas estão sendo montadas, cartazes são colados nos postes e muros, convocando para a frente do Senado, diversos atos e debates acontecem ao mesmo tempo, convocados pelas dezenas de grupos e coletivos de mulheres.
Organizações feministas e da esquerda do mundo todo também estão enviando suas delegações para Buenos Aires, como a Resistência e outras correntes do PSOL. Além de sindicatos e entidades, como a CSP-Conlutas e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, etc.
Estamos representados por companheiras que fizeram campanha financeira para irem, dirigentes sindicais, candidatas feministas e mulheres do Psol. Através delas vamos trazer um pouco do verde argentino pra vocês. Acompanhem a partir de hoje diários de viagem, cobertura das principais atividades, entrevistas, imagens, vídeos, lives, e claro, a votação no Senado com comentários!
Estaremos também nas ruas do Brasil, no dia 08 a partir das 17h, marchando e pulsando juntas com as argentinas. Já temos atos marcados no Rio de Janeiro e em São Paulo, na Av. Paulista. . Amanhã vai ser outro dia em toda a América Latina!
O QUE DIZ O PROJETO
O aborto atualmente é ilegal na Argentina, exceto em casos de estupro e de risco de morte. E milhares de mulheres morrem vítimas de abortos clandestinos e correm risco de serem presas por até quatro anos. O projeto prevê que o aborto seja legalizado até a 14 semana ou em casos de violência sexual ou risco de morte.
No Brasil, a ADPF movida pelo PSOL pede a descriminalização do aborto, permitindo a interrupção da gestação até a 12 semana. A ação foi tema de audiências públicas no STF nos dias 3 e 6, acompanhadas por um festival em Brasília.
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