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MOVIMENTO

Líder rodoviário do Recife é reintegrado

Por: Íris Rodrigues, de Recife/PE

No último dia 27 de julho o TRT da 6ª Região votou pela reintegração do rodoviário Aldo Lima. O Tribunal julgou o recurso da empresa Caxangá. Esta sentença já havida sido proferida anteriormente, em julho de 2017, pela 21ª Vara do trabalho do Recife e foi novamente reconhecida pelo Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco.

Em 2013 Aldo foi demitido da empresa Caxangá por ter cumprido papel de destaque na direção de uma histórica greve da categoria, como também para que fosse impedido de concorrer às eleições sindicais nas quais concorreria contra representantes dos patrões e contra a burocracia da direção do Sttrepe (Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana), instalada há mais de 30 anos no sindicato. Uma demissão nitidamente irregular devido a perseguição política, sendo uma dispensa sem justa causa e sem nenhum motivo aparente.

Em virtude da demissão política e arbitrária, movimentos sociais, a CSP-Conlutas e demais lutadores e lutadores iniciaram uma forte campanha pela sua reintegração e entraram na Justiça para reverter esse abuso. A campanha contou com a solidariedade de ativistas, intelectuais, do movimento estudantil, entre outros. O processo contra a demissão política lhe rendeu uma vitória em 1ª instância em 2017 e, após cinco anos de batalha judicial, Aldo conseguiu sua segunda vitória jurídica e política.

TRAJETÓRIA
Aldo começou como rodoviário aos 19 anos na empresa Caxangá no ano de 2003, começou como cobrador e cinco anos depois passou a motorista. Deu início a sua militância sindical em 2011, quando participou ativamente e se destacou nas mobilizações da categoria que se opunha ao posicionamento do presidente do sindicato na época, Patrício Magalhães, durante a campanha salarial.

“Não há dúvidas que essa perseguição político-sindical contra mim é um claro interesse dos empresários de ferir meu direito constitucionalmente garantido de livre organização sindical e liberdade de expressão, e mais, de tirar dos trabalhadores(as) o direito de eleger aquele no qual os trabalhadores (as) se sentem representado”, afirmou Aldo.