O processo eleitoral norte-americano tem algumas especificidades. Este ano, em novembro, ocorrerão eleições para Governador (em 36 estados), câmaras locais e para o Congresso dos Estados Unidos. O Congresso é dividido por duas Casas: o Senado, com 100 parlamentares, e a Câmara dos Representantes, com 453 deputados. Nestas eleições serão colocadas em votação todas as cadeiras da Casa dos Representantes, com um mandato de quatro anos. O Senado por sua vez, com um mandato de seis anos, se renova um terço durante cada eleição, tendo 33 vagas em disputa nas eleições atuais.
Nas eleições para o Senado, cada um dos 50 estados norte-americanos tem direito a duas vagas. Por sua vez, a regra para as eleições na Câmara dos Representantes é mais complicada. O número de vagas que cada estado vai ter na Casa depende do número de sua população em um censo realizado a cada dez anos (o último foi em 2010). Cada estado tem no mínimo um representante, e a cada 30 mil habitantes a mais, o estado ganha mais uma cadeira. Os estados que têm direito a mais de um representante são divididos por distritos, onde os candidatos que disputam a cadeira são eleitos pelos moradores apenas destes distritos. A Califórnia, por exemplo, tem direito a 53 membros na Câmara dos Representantes, então ela é dividida em 53 distritos. O estado de Wyoming, o menos populoso do país, possui apenas um membro na Casa, e um único distrito cobre todo o território.
A escolha dos candidatos
Uma das características do sistema eleitoral norte-americano é o bi-partidarismo, onde dois grandes partidos, o Republicano e o Democrata, controlam e se revezam nas vagas para a Câmara, os governos dos estados, prefeituras, ficando praticamente impossível que algum candidato que correr por fora destas duas máquinas eleitorais alcance algum resultado. Por outro lado, os candidatos que quiserem representar algum destes partidos tem que participar de plenárias internas em seus respectivos distritos para, em seguida, disputar com a legenda rival uma cadeira.
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