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Árbitro de vídeo, zebras e gigantes que tombaram (ou quase!) – Resumo da primeira fase

Por Diogo Xavier, para o Lateral Esquerda

A primeira parte da Copa do Mundo já se foi. As 32 seleções duelaram em solo russo e o que se viu até aqui foi um bom futebol e jogos bem parelhos, mostrando as dificuldades que todas as gigantes passaram nos três jogos.

O mundial no Brasil deixou uma expectativa grande, pois o alto número de gols e de grandes jogos deixou os fãs de futebol sedentos por grandes partidas. A abertura da Copa, que parecia ser um jogo ruim, terminou com uma goleada imposta pelos donos da casa à uma fraca Arábia Saudita, no segundo dia do torneio já tivemos dois jogos emocionantes sendo decididos nos últimos minutos e um dos grandes jogos da Copa com um 3×3 entre Portugal e Espanha e uma atuação fantástica de Cristiano Ronaldo que marcou os três tentos lusitanos.

A queda de gigantes também foi uma tônica. O início com empate de Brasil e Argentina já mostrava as dificuldades que teriam as seleções sul-americanas e as dificuldades que os times teriam para apresentar um bom futebol diante de seleções bem organizadas taticamente e com defesas sólidas.

A grande surpresa ficou por conta da campeã do Mundo, a Alemanha, que perdeu diante do México num jogo onde não conseguiu ser eficiente. Eliminada já na primeira fase, algo que nunca tinha acontecido com os Bávaros, a seleção que conquistou o tetra no Maracanã passou vergonha na Rússia e o treinador Joachim Low comandou o time que repetiu o feito das outras três campeãs do Mundo (França, Itália e Espanha) que também tombaram na primeira fase (em 2002, 2010 e 2014, respectivamente).

Um destaque dessa fase foi a importância dos atacantes de ofício, o camisa 9 tradicional, pois nos dois últimos ciclos de Copa muito se falou em fim do centroavante, já o torneio da Rússia mostrou que eles estão dominando as ações. Lukaku, Kane, Giroud, Suarez, Mitrovic, Dzuba, Berg são jogadores de área que fizeram um bom torneio e o atacante inglês é o artilheiro da Copa até aqui com 5 gols.

O aprimoramento da tática fez com que pequenas seleções pudessem enfrentar as grandes com suas armas e tendo bons resultados. O primeiro embate notável foi da Islândia contra a Argentina, os nórdicos com uma nação de 334 mil habitantes (menor país a disputar uma copa) não tendo muitos recursos humanos montam uma barreira na frente do goleiro Halldórsson com duas linhas de 4 que é quase intransponível. O empate com a Argentina já mostrava as limitações dos Hermanos e a força dos Islandeses que caíram no torneio nos momentos em que precisou buscar o resultado. Atacar nitidamente não é uma característica positiva, pois nos momentos em que precisou procurar o jogo foi de uma falta de qualidade impressionante.

Apenas três equipes conseguiram 100% de aproveitamento. Os uruguaios conseguiram aprimorar as suas qualidades, tem um ataque muito forte com Suarez e Cavani e a defesa titular do Atlético de Madrid com Godín e Gimenez. Mas faltava um meio de campo e as jovens promessas do futebol charrua vêm provando que podem dar mais consistência pra equipe, para não depender de chutões pro alto a espera de uma saída fulminante do Pistolero. O mastro Oscar Tabarez tem duros confrontos pela frente, mas mostrou diante da Rússia que tem futebol para mostrar, já a garra… isso vem de longe.

A Croácia foi o time mais sólido do torneio com um forte meio de campo guiado por Modric, o time venceu bem os seus adversários, inclusive aplicando um 3×0 retumbante nos argentinos. A Bélgica fecha a lista com atuações muito boas que ainda precisam ser provadas, pois os seus dois primeiros adversários (Panamá e Tunísia) estão muito abaixo e no confronto com a Inglaterra os técnicos optaram por times reservas.

 

Seleção do Lateral Esquerda

Ochoa (México)

Mario Fernandes (Rússia)

Godin (Uruguai)

Thiago Silva (Brasil)

Kolarov (Sérvia)

Kanté (França)

Modric (Croácia)

Coutinho (Brasil)

Cristiano Ronaldo (Portugal)

Lukaku (Bélgica)

Kane (Inglaterra)

 

Decepções e Surpresas

A Alemanha foi sem dúvida a grande decepção dessa Copa já que uma seleção que era apontada como favorita terminou em último no seu grupo, tendo apresentado um futebol pífio. A Polônia, cabeça de chave do grupo H, também foi decepcionante já que foi dominada por Senegal e Colômbia nas duas primeiras partidas e conseguiu uma vitória contra o Japão quando já estava eliminada.

A atuação da Argentina também foi uma grande decepção, já que a seleção Albiceleste só fez 4 pontos e conseguiu se classificar após uma vitória sofrida diante da Nigéria. A bagunça que se instalou na AFA e a teimosia do técnico Jorge Sampaoli já eram o prenúncio desse desempenho ruim. O time segue vivo, mas as esperanças vêm de Messi e do peso da camisa, analisando friamente a Argentina é zebra diante da França.

Decepção do Futebol Africano que não teve nenhuma seleção classificada as oitavas e teve participações bem fracas como Egito que não fez nenhum ponto e participações meramente decorativas de Marrocos e Tunísia. A queda do futebol no continente é ruim para o mundial, que sempre tem uma nação chegando na fase decisiva desde 1986 e com grandes surpresas como Gana de 2010 ou Camarões em 1994.

Como surpresa positiva o futebol dos donos da casa é de chamar atenção, com uma expectativa baixíssima antes da estreia a Rússia conseguiu aplicar uma goleada na Arábia Saudita, vencer o Egito e só foi derrotada pelo Uruguai. O confronto das oitavas contra a Espanha já coloca um fim de linha esperado, mas o futebol até aqui apresentado já deu aos seus torcedores o que eles queriam ver.

O técnico Juan Carlos Osório do México foi tido como alguém dado as invenções, mas provou que é bem mais do que isso e fez a seleção jogar um bom futebol nas duas primeiras partidas, inclusive sendo pragmático perante a Alemanha o que não é característica desse treinador que tem um estilo ofensivo. A última partida deixa uma má impressão, pois a derrota para a Suécia por 3×0 deixou os Mexicanos pertos da eliminação, mas agora está diante do Brasil o desafio de passar das oitavas já que o México foi eliminado nessa fase nas últimas 6 edições do torneio.

Curiosidades:

-A primeira fase já quebrou o recorde de gols contra, com 9 tentos, três a mais do que a Copa de 1998 na França que tinha o antigo recorde.

-A quantidade de pênaltis foi absurda, com 23 marcados, um recorde das Copas.

-Foram 37 partidas até o 0x0 entre França e Dinamarca. Um recorde dessa Copa com sobras, já que o antigo era de 27 partidas.

-Primeira Copa utilizando o VAR, que ainda gera muitas polêmicas, mas sem dúvida mostra a presença irreversível da tecnologia no futebol. Além disso ainda teve a tecnologia que aponta se a bola entrou ou não que já é utilizado desde o mundial do Brasil em 2014.

Mais sobre a cobertura da Copa do Mundo na Rússia no Lateral Esquerda:http://esquerdaonline.com.br/a-lateral-esquerda