A Copa do Mundo na Rússia trouxe a importante discussão sobre a presença feminina nos estádios do Irã. As iranianas são proibidas de comparecerem aos jogos de futebol masculino. Desde a revolução Iraniana, em 1979, mulheres não podem frequentar estádios em jogos masculinos e os homens não podem assistir aos esportes femininos.

A luta das mulheres pela liberdade para frequentar os estádios vem aumentando nos últimos meses. Em março, 35 torcedoras foram presas tentando entrar no estádio vestidas de homem. Já em abril, cinco torcedoras do Persepólis conseguiram burlar a proibição e assistir ao título do seu time disfarçadas.

As arquibancadas russas têm sido local de protesto para que a FIFA pressione a Federação Iraniana, afim de que esta proibição absurda deixe de existir. “Deixem as iranianas entrar nos estádios” estava escrito em um dos cartazes. Enquanto as mulheres faziam suas manifestações na Rússia, no estádio Azadi, em Teerã, homens e mulheres puderam assistir juntos ao jogo da seleção local contra a Espanha pela segunda rodada do grupo B.

Neste ano, a Arábia Saudita terminou com a proibição das mulheres de frequentar estádios e foi um importante marco num dos países mais retrógrados e com um regime misógino.

Num mundo onde o machismo impede as mulheres das mais diversas formas de ocuparem o futebol, desde a presença nos estádios, até a falta de investimentos no esporte feminino, é importante o posicionamento da FIFA e das demais entidades responsáveis pelo esporte para que esta segregação acabe em todo o mundo.

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