Messi atesta que não está afim de superar Maradona, perde pênalti e Argentina não consegue vencer a estreante Islândia.
Argentina e Islândia fizeram o primeiro jogo do Grupo D com papeis muito bem definidos: de um lado, a atual vice-campeã e absoluta favorita do grupo, com jogadores consagrados como Messi, Dí Maria e Mascherano.
Dooutro, a estreante Islândia, classificada para a Copa depois de um ótimo desempenho nas eliminatórias europeias. Enquanto o time sul-americano inicia a copa cercada por um misto de respeito e desconfiança, os Vikings iniciam o torneio ocupando o posto de “queridinhos” da Copa, devido ao carisma que torcedores e jogadores demonstraram nos últimos anos.
Vale ressaltar que, se ainda não é possível saber até onde cada uma destas seleções chegarão na competição, fora de campo ambos os países já marcaram seus golaços: a Islândia é reconhecida como o país com melhor índice de igualdade entre os gêneros, com ótimos indicadores no que diz respeito à igualdade salarial entre homens e mulheres, representação política (mulheres ocupam 50% das cadeiras do Parlamento) entre outros. Na Argentina, no último dia 14, foi aprovado na Câmara dos Deputados a legalização do aborto. Fruto de uma inspiradora luta das mulheres que ocuparam as ruas para garantir o direito de decidir, livremente, sobre seus próprios corpos. Saiba mais aqui.
Desde o início da partida as propostas de jogo estavam muito claras: A Argentina, com um time evidentemente muito mais qualificado, disposta a ficar com a posse de bola e pressionar o adversário em seu campo de defesa. Dispostos no esquema 4-2-3-1, com Di Maria pela esquerda e Salvio pela direita, Aguero à frente e Messi transitando entre as linhas defensivas. A Islândia, por sua vez, “estacionou o ônibus” à frente do gol, com duas linhas defensivas bem montadas na intermediária, deixando pouco espaço para a criação das jogadas e, em especial, tentando sufocar Messi. Em alguns momentos era possível contar 5 jogadores islandeses a menos de 3 metros do astro do Barcelona.
Mas quem esperava que a Islândia se amedrontasse diante do time de Jorge Sampaoli, se surpreendeu. Com um time muito forte fisicamente e com apoio da torcida, o selecionado islandês levou perigo em diversos momentos do jogo, com contra-ataques rápidos e que demonstravam a fragilidade da defesa dos nossos hermanos.
É verdade que a pressão argentina deu resultado logo aos 18 minutos do primeiro tempo, quando Aguero abriu o placar depois de receber a bola na grande área e girar para fuzilar o goleiro Halldórsson. Mas a vantagem argentina durou pouco, pois aos 23 minutos a Islândia foi para cima e, no bate e rebate, a bola sobrou para Finnbogason empurrar com tranquilidade a bola para o gol. Com muita vontade e pouca efetividade, a Argentina seguiu dominando o jogo, mas foi para o intervalo com o incômodo empate.
No segundo tempo, pressão total da Argentina desde os minutos iniciais. Os Vikings optavam por seguir apostando nos contra-ataques para surpreender e, acima de tudo, segurar um empate contra a principal adversária do grupo. À beira do gramado, Sampaoli parecia se desesperar a cada lance perdido por seus comandados. Quando o relógio marcava 17 minutos, Messi foi derrubado na área e o juiz marcou pênalti. Com confiança, Messi posicionou a bola na marca de cal, tomou distância e… bateu muito mal!! Chute à meia altura, fácil para o goleiro Halldórsson espalmar e se consagrar.
O jogo seguiu neste ritmo até o apito final, com a Argentina desperdiçando chances e a Islândia se segurando heroicamente, ao mesmo tempo em que levava perigo nas poucas vezes que se arriscou no campo de ataque. O empate em 1 x 1 fica com um gosto amargo para os argentinos, que copa após copa não conseguem fugir do “climão” de crise e desconfiança. Os islandeses, por sua vez, seguem em lua de mel com a Copa do Mundo. Ambos os times aguardam o resultado de Croácia x Nigéria, que jogam hoje (16/06) às 16hs em Kaliningrado.
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