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MOVIMENTO

Greve da Educação tem direitos democráticos agredidos pelo governo Pimentel

Conceição, diretora do Sindrede, foi presa na manifestação

Conceição, diretora do Sindrede, foi presa na manifestação

Como parte da resistência dos trabalhadores brasileiros, a greve dos professores da educação infantil de Belo Horizonte começou com forte adesão e realizando um protesto na porta da prefeitura na qual foi reprimida violentamente, com dirigentes do SINDRede-BH sendo presos pela Polícia Militar do governo do estado de Minas Gerais.

O direito de greve é uma conquista democrática cada vez mais inaceitável pelos senhores do poder no Brasil, e o desejo de sufocar as incômodas paralisações de trabalhadores aumenta ainda mais em tempos de crise econômica mundial. E foi por essa mesma lógica que a burguesia resolveu atropelar convenções democráticas firmadas pós ditadura militar e organizaram o golpe contra Dilma e encarceraram Lula sem provas para tirá-lo da disputa eleitoral. Também não foi coincidência que o Supremo Tribunal Federal, as vésperas da aprovação da PEC dos gastos em 2016, decidiu obrigar os gestores a cortarem o ponto nas greves do funcionalismo em quaisquer circunstâncias.

A luta por direitos democráticos faz parte da história dos trabalhadores e nesse momento precisa ganhar destaque entre as principais reivindicações de qualquer categoria e das mobilizações nacionais.

Repudiamos a ação da Polícia Militar cujo responsável direto é governador Fernando Pimentel, do PT, e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, do PHS. O uso do caveirão, de jatos d’água e bomba de gás para reprimir uma manifestação de professores que lutam por um plano de carreira mais justo prometido pelo prefeito na sua campanha é um absurdo. Ironia da vida, o partido do prefeito de Belo Horizonte votou a favor do impeachment da presidenta Dilma Roussef.

O governo Pimentel é formado por uma aliança com os golpistas, incluindo o PMDB, e não é a primeira vez que reprime trabalhadores. Fez o mesmo há poucas semanas com os professores estaduais. Este é mais um exemplo que deixa nítido a necessidade de fortalecer alternativas políticas no interior da esquerda que superem a conciliação de classes.

A agressão da PM contra os grevistas precisa ser amplamente repudiada. O prefeito Kalil e o governo de Pimentel precisam ser responsabilizados pela violência da PM, ao mesmo tempo em que as negociações precisam avançar e as reivindicações serem atendidas.

Hoje estaremos todos nas ruas. Todo apoio aos professores.

MAIS – Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista
Corrente interna do PSOL

 

 

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