Greve da Educação tem direitos democráticos agredidos pelo governo Pimentel


Publicado em: 25 de abril de 2018

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Como parte da resistência dos trabalhadores brasileiros, a greve dos professores da educação infantil de Belo Horizonte começou com forte adesão e realizando um protesto na porta da prefeitura na qual foi reprimida violentamente, com dirigentes do SINDRede-BH sendo presos pela Polícia Militar do governo do estado de Minas Gerais.

O direito de greve é uma conquista democrática cada vez mais inaceitável pelos senhores do poder no Brasil, e o desejo de sufocar as incômodas paralisações de trabalhadores aumenta ainda mais em tempos de crise econômica mundial. E foi por essa mesma lógica que a burguesia resolveu atropelar convenções democráticas firmadas pós ditadura militar e organizaram o golpe contra Dilma e encarceraram Lula sem provas para tirá-lo da disputa eleitoral. Também não foi coincidência que o Supremo Tribunal Federal, as vésperas da aprovação da PEC dos gastos em 2016, decidiu obrigar os gestores a cortarem o ponto nas greves do funcionalismo em quaisquer circunstâncias.

A luta por direitos democráticos faz parte da história dos trabalhadores e nesse momento precisa ganhar destaque entre as principais reivindicações de qualquer categoria e das mobilizações nacionais.

Repudiamos a ação da Polícia Militar cujo responsável direto é governador Fernando Pimentel, do PT, e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, do PHS. O uso do caveirão, de jatos d’água e bomba de gás para reprimir uma manifestação de professores que lutam por um plano de carreira mais justo prometido pelo prefeito na sua campanha é um absurdo. Ironia da vida, o partido do prefeito de Belo Horizonte votou a favor do impeachment da presidenta Dilma Roussef.

O governo Pimentel é formado por uma aliança com os golpistas, incluindo o PMDB, e não é a primeira vez que reprime trabalhadores. Fez o mesmo há poucas semanas com os professores estaduais. Este é mais um exemplo que deixa nítido a necessidade de fortalecer alternativas políticas no interior da esquerda que superem a conciliação de classes.

A agressão da PM contra os grevistas precisa ser amplamente repudiada. O prefeito Kalil e o governo de Pimentel precisam ser responsabilizados pela violência da PM, ao mesmo tempo em que as negociações precisam avançar e as reivindicações serem atendidas.

Hoje estaremos todos nas ruas. Todo apoio aos professores.

MAIS – Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista
Corrente interna do PSOL

 

 

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