Por: Cauê Campos, de Campinas, SP
Sábado (14) fez um mês da execução política de Marielle Franco. Sábado Marielle amanheceu em Valinhos, Interior de São Paulo, na região de Campinas, na Ocupação ‘Marielle Vive’, do MST. Mais de 500 famílias deram um destino social à fazenda São João das Pedras, considerada improdutiva pela Justiça. O terreno tem aproximadamente mil hectares e é considerada improdutiva e alvo de especulação imobiliária na região. Por esse motivo, o MST exige que a área seja destinada à reforma agrária e ao assentamento das famílias que desejam produzir alimentos saudáveis através da agroecologia.
Nesses atos da classe trabalhadora é que nos reenergizamos para enfrentar uma conjuntura tão adversa. Valinhos é uma cidade marcada pelo seu passado e presente conservadores, preconceituosos e racistas. É importantíssimo que a Ocupação seja um bastião da luta popular na cidade e em todo o país, afrontando os golpistas e reacionários.
A Ocupação faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária promovida pelo MST no mês de abril. Diversas ocupações acontecem em todo o país para lembrar os 22 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás ocorrido em 17 de abril de 1996, no estado do Pará.
A Jornada também se coloca contra a judicialização da política, como exemplificado na prisão Lula, que fere ainda mais a democracia, marcada recentemente pelo golpe que afastou Dilma da Presidência no mesmo dia 17 de abril.
Neste domingo (15), na Ocupação acontecerá um ato político em defesa da Ocupação, contra a prisão de Lula e para que os assassinos de Marielle sejam julgados. É fundamental que todas as organizações, movimentos e ativistas da Região de Campinas e todo estado de São Paulo se juntem nesse ato.
A Ocupação “Marielle Vive” fica no KM 7 da Estrada do Jequitibá em Valinhos, entre os bairros Vila Alpinas e São Bento.
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