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EDITORIAL

8M: Protesto ocupa a Casa da Mulher Brasileira, em Fortaleza

Da redação,

O ato na capital do Ceará reuniu mais de mil pessoas na manhã deste 8 de Março. Foi impulsionado por sindicatos, coletivos feministas, organizações e partidos de esquerda, com destaque para uma forte presença das Mulheres Sem Medo de Lutar, de uma ocupação do MTST. Também participaram mães de jovens assassinados na chacina do bairro Cajazeiras, em janeiro deste ano, e que se organizam desde então para exigir a apuração do crime.

O protesto teve início em uma estação de ônibus, onde foram feitos discursos contra a violência machista e as condições do transporte. Em seguida, as mulheres seguiram em caminhada até a Casa da Mulher Brasileira, onde fizeram uma ocupação, exigindo o funcionamento do prédio.

O prédio começou a ser construído em 2015 e até agora não foi inaugurado. O governo estadual culpa o governo federal, que teria que repassar cerca de R$ 4 milhões, envio de mobiliário e equipamentos para o início das atividades. A Casa foi criada para reunir em um só lugar todos os atendimentos às vítimas de violência doméstica, com apoio psicossocial, alojamento, delegacia especializada, defensoria pública e Poder Judiciário. Atualmente, há apenas uma delegacia especializada em combater este tipo de crime em Fortaleza e está sem sede própria.

O atraso contrasta com o crescimento da violência machista e do feminicídio no Ceará. Só neste início de ano, foram mais de 100 mulheres assassinadas no Ceará, um aumento de 296% em relação a 2017. As manifestantes levaram cruzes, com os nomes de mulheres mortas neste ano, e afincaram na frente do prédio.

Com informações do MAIS Ceará

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