Os Deputados estaduais do Amapá aprovaram projeto que cria bonificação natalina de R$25,5 mil, valor igual ao salário mensal dos deputados, e o auxilio paletó numa sessão na Assembleia Legislativa no apagar das luzes de 2017. Uma verdadeira afronta à população do Estado do Amapá. Esses deputados são mesmos que ganharam notoriedade nacional quando tinham, além dos salários altíssimos, uma verba indenizatória de 100 mil reais mensais, a maior do país. Tudo isso acontecendo em um estado que representa 0,2% do PIB nacional, que tem apenas 3% de saneamento básico, e contraditoriamente, é o estado com mais milionários da região norte (476 sanguessugas).
Por Ailton Costas, o Mão, do Amapá
Esse projeto é uma prova inquestionável do papel nefasto do parlamento brasileiro e dessa falsa democracia que só beneficia os ricos e que as leis só são feitas para manter os privilégios de uma burguesia sedenta. Na Semana passada, viralizou um vídeo de um casal de deputados do Amapá esbanjando e fazendo compras nas ruas de Nova Iorque provocando assim uma indignação na população. Toda essa sujeira (lama) gera mais revolta quando analisamos os índices de pobreza da população amapaense que foram divulgados em agosto do ano passado: 13,42% da população amapaense vivem na pobreza, ou seja, renda per capita inferior A R$ 127,50. Esse índice dobrou entre 2014 e 2015, outro índice alarmante é de 2,75% da população que vive em extrema pobreza com renda per capita inferior a R$ 70,00.
Também temos 37,12% da população em vulnerabilidade com renda per capita inferior a metade de um salário mínimo e o maior índice de desemprego dos país com 16,8%, ou seja, 78 mil pais e mães de família desempregados. É nesse cenário de guerra que a burguesia local tenta a qualquer custo manter seus privilégios.
Existe uma necessidade urgente dos movimentos sociais do estado, dos sindicatos, das organizações de esquerda para que construam uma grande mobilização contra esse projeto como também contra os desmandos do governo Waldez (PDT) que arrocha os servidores estaduais com congelamento de salários os quais continuam parcelados a mais de dois anos. Precisamos entrar com força nas principais campanhas salariais das categorias nesse primeiro semestre, sendo a mais forte é a da educação que além do parcelamento de salários precisa enfrentar várias medidas autoritárias desse governo que tenta impor aumento de carga horaria, devoluções em massa, escola de tempo integral e sem estrutura física, entre outros ataques a categoria que já encerrou o ano de 2017 em estado de greve.
Portanto já temos bastantes elementos pra construir uma grande Greve geral no estado contra todas essas medidas que atacam as categorias e a população pobre do estado.
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