Se formos todos juntos, ninguém cai
Por Camila Lisboa, de São Paulo, SP
Em assembléia realizada no dia 28 de novembro, os metroviários definiram por ampla maioria a participação na greve nacional do dia 5 de dezembro.
A compreensão da Assembléia é de que diante da nova tentativa do governo Temer de aprovar a Reforma da Previdência, os trabalhadores precisam demonstrar força, resistência e unidade.
Metrô intimida e subestima a categoria
No próprio dia 28, antes mesmo da deliberação da Assembléia, a empresa divulgou uma carta aos trabalhadores praticando assédio moral e ameaçando os trabalhadores.
Além disso, a empresa acusou o sindicato e todo o movimento de resistência de fazer a categoria ser massa de manobra. Isso não é verdade. Na verdade, é uma subestimação da categoria, porque a maior parte da população brasileira já compreendeu os efeitos negativos da Reforma e já se posicionou contrária a ela.
A categoria compreende que se trata de uma greve política no sentido de se enfrentar com a ação dos políticos que querem votar neste projeto absurdo e injusto.
Se formos todos juntos, ninguém cai
A maior preocupação da categoria é a garantia de que haverá envolvimento de outras categorias na greve do dia 5 de dezembro. Uma preocupação correta. As Centrais que dirigem outros sindicatos ligados ao transporte, como a CTB, CUT e UGT precisam se engajar para que o conjunto do transporte paralise suas atividades no dia 5.
Com isso, podemos promover uma retomada da resistência e dar passos para reverter a correlação de forças desfavorável estabelecida neste segundo semestre.
Nas paralisações do dia 15/03 e 28/04, a participação de nossa categoria deu uma força incrível ao movimento. No dia 28, o conjunto dos transportes parou em São Paulo e contribuiu de forma decisiva para que o governo recuasse da aprovação da reforma da previdência no primeiro semestre.
Precisamos repetir essa demonstração de força. No dia 4 de Dezembro, vamos encher a quadra dos metroviários e fazer uma grande greve no dia 5.
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