Por: Carol Burgos, da Redação
Sede do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), na cidade de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, foi alvo de invasão, nesta quarta-feira (22). De acordo com integrantes do partido, o portão e a porta do local foram encontrados arrombados, papeis e documentos espalhados e alguns objetos foram roubados. Apesar disso, uma quantia em dinheiro, que se encontrava no local, não foi levada, o que levanta a suspeita de crime político.
Em Nova Iguaçu, além do PSOL, outros partidos de esquerda sofreram ataques semelhantes. A sede do PCB sofreu um atentado incendiário e a do PSTU já foi invadida. Recentemente, o Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu teve intervenção da polícia, que tentou impedir à força a realização de um ato contra o governo Temer e as reformas Trabalhista e da Previdência.
“Nenhum destes ataques será capaz de nos calar ou de nos fazer recuar, nossa atuação está em uma crescente, fortalecendo os sindicatos e movimentos pela base. Continuaremos com o movimento de oposição na rua, denunciando e lutando contra toda forma de opressão”, opinou um dos integrantes do partido em denúncia nas redes sociais.
Niterói
Ainda nesta semana, o PSOL de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, também foi alvo de ataque. Na terça-feira, através de uma ligação, a vereadora Talíria Petrone foi alvo de xingamentos e ameaças. O homem, autor do telefonema, afirmou que jogaria bombas na sede do partido durante reuniões. Após o ocorrido, a Executiva Nacional do PSOL lançou uma nota em solidariedade e afirmou que as denúncias já foram formalizadas por meio de notícia-crime.
“Não é de hoje que temos sido alvos da violência e do autoritarismo na política. No início deste ano, a sede já havia sido pichada com dizeres ameaçadores e invadida por um homem armado e com discurso intimidatório. Também têm sido recorrentes nas redes as raivosas manifestações de preconceito de conotação machista, racista e LGBTfóbica contra a única vereadora mulher em exercício na Câmara, a mais votada da cidade e à frente de um mandato feminista, negro e popular. Ao denunciar e repudiar toda e qualquer manifestação autoritária, violenta e discriminatória na política, afirmamos que o PSOL vai se manter firme e jamais recuar no combate às opressões e aos preconceitos de classe, raça, gênero ou orientação sexual. Vamos seguir lutando em defesa de uma sociedade onde se possa respirar a liberdade política, a democracia e o respeito aos direitos humanos”, afirmou a Executiva em nota.
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