500 Anos da Reforma Protestante
Publicado em: 1 de novembro de 2017
Por: Diogo Xavier, de Recife, PE
A imagem de Lutero pregando as 95 teses na igreja de Wittenberg é a mais conhecida do movimento que aconteceu no Século XVI e tem reflexos até os dias de hoje. No entanto, não é possível restringir às divergências religiosas o movimento iniciado pelo Monge Alemão.
Durante a Idade Média, a Igreja Católica se tornou a instituição mais poderosa da Europa, estava nos locais mais distantes e pobres através do baixo clero, até os palácios mais luxuosos, com o apoio aos Reis e senhores feudais. Essa presença, aliada ao aumento do poder dos Papas, fez com que o alto clero estivesse cada vez mais parecendo uma Corte e se distanciando do que era no seu princípio. A crise do fim do medievo passou muito pela concepção do homem, pois o homem passa a ser o centro das coisas e a sua relação com a divindade muda por consequência.
No bojo de tantas transformações, a Igreja vivia uma crise moral pela necessidade de arrecadar fundos para a construção da Capela Sistina, a venda de indulgências se expandiu de uma forma absurda, gerando um descontentamento popular que se deslocava da liderança da Igreja.
Com isso, a pregação de Lutero teve espaço e sua propagação gerou um cisma no seio da Igreja, que gerou uma grande repercussão na Europa e por todo o mundo. Além da Alemanha, a Reforma teve representantes na Suíça, com João Calvino, que é o maior representante da Teologia da Predestinação combatida pelo Concílio de Trento. Henrique VIII, no Reino Unido, para ter mais autonomia no seu reino, se afastou do catolicismo, surgindo a Igreja Anglicana.
A Reforma Protestante gerou um grande impacto na Igreja, fazendo com que a reestruturação tivesse como alvo as colônias, que até então não tinham sido ocupadas. A criação da Companhia de Jesus (Jesuítas) formou um exército de Deus para catequizar os povos “Incivilizados”. Os reflexos dessa ocupação são presentes até hoje com a presença muito forte do catolicismo por toda a América Latina e boa parte do Continente Africano.
O evento, acontecido há 500 anos, é ainda hoje um dos mais presentes, por ser tão atual pelas transformações trazidas desde a Alemanha, até os continentes mais distantes.
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