Por: Venâncio Favero e Carlos Eduardo, servidores municipais de Santo André, SP
Os últimos tempos estão sendo difíceis para os servidores de Santo André. Encaram ao mesmo tempo e de forma conjunta as políticas de Temer e de seu representante na cidade, Paulo Serra, que desde que entrou, para garantir o lucro do empresariado e os privilégios dos ricos da cidade, vem sistematicamente retirando dinheiro da saúde, educação e segurança pública.
Paulo Serra tem sucateado cada vez mais os serviços que já são oferecidos de forma precária à população andreense: fechou sete unidades de saúde para “reforma” e demitiu cerca de 150 funcionários desse setor; está cada vez precarizando o Semasa, encaminhando-o para privatização. Junto de Alckmin e Temer, Paulo Serra se esforça para retirar direitos dos servidores: enxuga cada centavo! O prefeito, por exemplo, já fala em “reajuste zero” para os servidores esse ano, enquanto a casta empresarial e política da cidade seguem ampliando seus privilégios.
O sindicato tem um papel importante nesse contexto. É preciso organizar os servidores e servidoras em um movimento de luta, que barre as contrarreformas de Paulo Serra e sirva de gatilho para barrar também as de Temer. As outras chapas, inclusive as que se dizem oposição, fazem parte dos que sempre estiveram aí se revezando, ora juntos, ora separados, na gestão do nosso sindicato. Chapa 1, 2 e 3, apesar de suas diferenças políticas, representam em alguma medida mais do mesmo: CUT, Fetam, que apesar de possuírem alguns quadros honestos e comprometidos com a luta dos trabalhadores, no limite estão curvados a toda burocracia que já conhecemos. Foi a CUT que fez o que fez para boicotar a última greve geral no Brasil contra as contrarreformas de Temer. Em Santo André, na gestão do Sindserv, houve tanto desgaste que vimos nossa entidade virar palco de briga de burocratas. E querem novamente, cada chapa com seus quadros, o controle da máquina sindical para darem cabo a seu projeto político de conciliação de classes.
No entanto, queremos um sindicato combativo. E é possível construir um movimento realmente comprometido com a luta dos trabalhadores em Santo André. Precisamos de um sindicato que lute por direitos, pelo vale refeição a todos, pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial, pela valorização real dos salários, contra a privatização e a terceirização na defesa dos concursos públicos, na luta contra as opressões e para enfrentar o assédio moral no trabalho. É preciso construir um sindicato revolucionário para a cidade. E, para isso, é preciso construir um sindicato que paute a questão do poder na cidade, isso é, de quem realmente decide na cidade. Todo poder aos trabalhadores. Para a direção do sindicato dos trabalhadores de Santo André, Oposição Alternativa, Chapa 4.
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