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MOVIMENTO

Petroleiros do Unificado de São Paulo vão ao Congresso da FNP

Por: João Gabriel Almeida, do ABC, SP

O período aberto após o golpe nos trabalhadores concretizado com a posse de Temer tornou ainda mais difícil e ameaçador o dia a dia do petroleiro. E isso aconteceu de todas as formas possíveis: desde o flagrante aumento de acidentes nas áreas industriais; a condição de insegurança imposta pelas tentativas intransigentes da empresa em reduzir o efetivo de técnicos administrativos, técnicos de manutenção e operadores nas refinarias; a ameaça constante de privatização ou até mesmo desativação de plataformas, termelétricas, complexos petroquímicos, etc; o aumento de pressão sobre o ACT após o desmonte da CLT efetivado na “reforma trabalhista”.

Apesar de tudo isso, os trabalhadores petroleiros primeirizados e terceirizados reagem. Tanto com movimentos como o Reage CENPES e a AEPET, quanto atendendo ao chamado das federações FUP e FNP nas bases em que elas dirigem.

A greve geral de 28 de abril demonstrou que quando as centrais se uniram em torno de uma pauta e calendário comuns, os trabalhadores paralisaram fábricas, escolas, além dos transportes das maiores cidades do país. No dia 30 de junho, os petroleiros foram a vanguarda dessa luta.

A Petrobras, assim como toda a equipe econômica do governo, está apenas de olho nas demandas do mercado financeiro e do capital estrangeiro. Mas isso não altera o poder que tem os trabalhadores que de fato são os que produzem e põe a mão na massa. É possível dar a volta por cima! E isso só acontecerá com a união e organização da categoria.

Congresso da FNP como forma de preparar a resistência
No dia 8 de agosto, às 18h, na UFABC Santo André, teremos a eleição de delegados da oposição unificada de São Paulo para o congresso da FNP, um dos importantes espaços de discussão sobre os rumos da organização dos petroleiros. Chamamos a todos e todas para atividade onde, além da eleição de delegados, podemos discutir e construir juntos uma alternativa para a defesa da Petrobras, em defesa da vida dos petroleiros, e por nem um direito a menos no ACT 2017.

O grupo de oposição ao Sindipetro-SP acredita que o poder de reação e a disposição do Petroleiro ainda não foram observadas com toda a sua força. O potencial de reação ainda está limitado por muitos dos dirigentes sindicais, pela falta de diálogo entre as federações e pela ideia de parte do movimento sindical e da categoria de que a reviravolta da situação está em outro lugar que não as nossas próprias forças a mobilização direta.

Nesse congresso da FNP, poderemos expressar o nosso empenho por uma mesa de negociação entre FUP e FNP, por um calendário e um comando unificado de mobilizações e não uma chamada unilateral para que um participe das mobilizações organizadas pelo outro. Só assim, teremos força suficiente para barrar definitivamente essa direção golpista de Temer e Parente sobre a Petrobras.

Foto: FNP