OPINIÃO | Rita Josina: ‘O imperativo é o desenvolvimento’

Por: Rita Josina Feitosa da Silva*, diretora-presidente da Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste (AFBNB)

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) completa 65 anos nesta semana. A importância da instituição, já desde seu nascedouro, se destaca pela sua nobre missão: contribuir para o desenvolvimento de uma região historicamente castigada pelo descaso de sucessivas gestões e pela escassez não de água, mas de políticas públicas capazes de estabelecer uma convivência harmônica com o semiárido.

A contribuição do BNB se deu – e se dá – por meio do apoio técnico, produção de conhecimento e crédito com juros diferenciados e para um público diverso: pequenos produtores rurais, microempresários e empresas de grande porte. Tendo como foco o desenvolvimento, seus resultados não podem ser medidos como os de bancos comerciais; suas metas devem ser sociais e não unicamente cifras; seus trabalhadores devem ser tratados como promotores de desenvolvimento, independente da unidade de lotação e da função que ocupem, com respeito, condições de trabalho adequadas e remuneração compatível.

O desmonte das empresas públicas de modo geral e dos bancos públicos, em particular, é o problema da vez e tem causado inquietações. Em mais uma inciativa para fragilizar essas instituições e os fundos constitucionais, o Governo apresentou a MP 785, que estabelece, entre as fontes de recursos para o Fies, os fundos de desenvolvimento e os fundos constitucionais de financiamento como o FNE. É, portanto, uma nova forma de utilizar recursos públicos em favor de empresas privadas, numa lógica de fragilização do BNB.

Na contramão dessa conjuntura, a Associação dos Funcionários do BNB (AFBNB) desde sua fundação está imbuída da missão de defender e fortalecer o Banco e seus trabalhadores! E assim tem feito, enfrentando desafios ao longo do caminho, lutando por recursos estáveis, contra o fechamento de agências, contra as tentativas de privatização e em defesa da principal fonte de recursos, o FNE.

Em 65 anos, o BNB já mostrou que tem expertise e competência para alavancar um processo desenvolvimentista. Além da presença em toda a Região Nordeste, e no norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, o Banco tem possibilitado oportunidades de transformação nas condições de vida de muitos brasileiros e, assim, precisa ser reconhecido, fortalecido e valorizado enquanto patrimônio da sociedade.

Resgatando a máxima “Nordeste, sem ele não há solução para o Brasil”, desejamos vida longa ao BNB!

 

*Artigo publicado no Jornal O Povo
Rita Josina – [email protected]

Foto: Site oficial do BNB

*O Artigo reflete a opinião do autor e, não necessariamente, a linha editorial do Esquerda Online.

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