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MOVIMENTO

Julgamento de ativistas de junho de 2013 começa nesta segunda, em Recife

Da Redação

pedro josephi
O advogado Pedro Josephi é um dos que respondem ao processo.

Inicia nesta segunda-feira (17) e correrá por toda semana, o julgamento do advogado e coordenador do Bloco pelo Transporte Público de Pernambuco Pedro Josephi e de mais seis ativistas que participaram dos protestos de junho de 2013, no estado. Eles são acusados pelo Ministério Público de Pernambuco por depredação de patrimônio público e crime de incêndio. De acordo com diversos juristas que analisaram o caso, a acusação é frágil, principalmente pela inexistência de prova nos autos que comprovem a participação em qualquer ato delituoso.

“Nesta segunda, eu e mais 7 companheiros começamos a ser julgados por supostos crimes cometidos em meio aos protestos de junho de 2013. Jamais pensei que lutar fosse crime. Processo sem provas. Tenho fé que provaremos nossa inocência. A história nos absolverá!”, disse Josephi em seu perfil na rede social Facebook.

O processo tramita na 11ª Vara Criminal da Capital. De acordo com nota de juristas, entre eles integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a motivação para tal incriminação, “desprovida de fundamentos fáticos e jurídicos”, seria a de “controle ideológico”, conforme consideraram, entre outras causas, por ser Pedro figura pública conhecida das lutas em Pernambuco.

“Pedro Josephi é acusado pelo Ministério Público de Pernambuco de destruir bicicletas de uma estação do Bike PE, fato que ocorreu na noite do dia 21/08/2013. A acusação é feita com base apenas em fotos, nas quais ele aparece junto a outras pessoas, todas de cara limpa, próximas ao bicicletário, justamente recolocando as bicicletas no local adequado, e em outra foto, metros atrás de uma pessoa mascarada que acendia um rojão. Tal foto sequer se refere ao momento (à noite como consta na própria perícia) das depredações e dos fatos, uma vez que extraída ainda durante o dia”, argumentam.

Assim como os ativistas em Pernambuco, também respondem a processo parecido seis integrantes do Bloco de Lutas de Porto Alegre. Ambos os casos referentes a mobilizações de junho de 2013, sendo os acusados reconhecidos como lideranças de manifestações pacíficas, sem qualquer orientação de depredação de patrimônio, ou ato criminoso.