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MOVIMENTO

Recife para com greve de rodoviários

Da Redação

O dia amanheceu sem ônibus nas ruas do Recife e Região Metropolitana, nesta segunda-feira (3). Motoristas, cobradores e fiscais de ônibus estão em campanha salarial e decidiram, na última quinta-feira, cruzar os braços diante da intransigência da patronal. Alguns ônibus começaram a circular a partir das 5h para seguir a imposição judicial e a legalidade da greve.

Além do reajuste nos salários e ticket, a categoria exige a não demissão dos cobradores e fiscais, o fim da terceirização e da extensão e compensação da jornada de trabalho, além da não implantação do banco de horas. A categoria aderiu com força ao movimento paredista.

Membro da CSP-Conlutas Aldo Lima, rodoviário demitido e liderança da categoria, falou direto da garagem da Transcol (Transportes Coletivos Ltda) parada, em Recife. De acordo com Aldo, a patronal se nega a negociar. “A categoria resolveu entrar em greve por conta da intransigência de uma patronal que, diante de cinco rodadas de negociação, nem sequer compareceu, mandou representantes para negociar e não houve nenhum avanço”, explicou.

Secretário geral do sindicato Josival Costa criticou a postura das empresas. “‘Itens, mesmo que pequenos, não foram negociados. Não tocaram nas demissões de cobradores, nas terceirizações que a categoria é completamente contra. Hoje estamos mobilizados, com os braços cruzados e unidos contra tudo isso que vem acontecendo na nossa campanha salarial”.

Logo no primeiro dia do movimento, a adesão da categoria foi forte. “Estou em frente à empresa Transcol, que se encontra parada e comprova a mobilização de toda categoria, assim como está acontecendo nas outras garagens. Agradecemos todo apoio da população. Vamos continuar mobilizados”, completou Lima.

A justiça, no entanto, decidiu que parte da frota deve continuar circulando para atender os cerca de dois milhões de passageiros. Categoria cumpre determinado em respeito à Lei de Greve (nº 7.783/89), desde as 5h. “Estamos obedecendo o determinado pela justiça de rodar 30% da frota. Agradecemos, em primeiro lugar, a população que está sofrendo as consequências da intransigência da patronal”, disse.

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