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MOVIMENTO

Greve em refinarias da Petrobras atinge terceiro dia

Da Redação

Neste domingo (2), a greve na Refinaria Landulpho Alves (RLAM), no município de São Francisco do Conde, no estado da Bahia, e em mais seis refinarias da Petrobras, entra no seu terceiro dia. O movimento foi suspenso na Replan e na Reduc na sexta-feira (30), após liminares judiciais anulando as reduções de efetivos impostas pela gerência nestes locais. A Recap, em Mauá, suspendeu a greve ontem (1), às 23h.

De acordo com a FUP, “Nas demais refinarias, os petroleiros continuam sem realizar trocas de turno e as unidades estão sendo operadas por grupos de contingência dos gestores. É o caso da Reman (AM), da Refinaria Abreu e Lima (PE), da Rlam (BA), da Regap (MG), da Repar (SP), da SIX (PR) e da Refap (RS)”.

Entenda
Às 23h de quinta-feira (30), os petroleiros das refinarias da Petrobras iniciaram uma greve por tempo indeterminado. Não por acaso, a véspera do dia 30 foi escolhido para iniciar o movimento, fortalecendo a greve geral contra as reformas e o governo Temer. A categoria, no entanto, decidiu por estender a greve devido à pauta específica, que neste momento é a luta contra a redução de efetivo em dez das quatorze refinarias do país.

Essa medida, implementada na marra pela direção da empresa, vai agravar ainda mais a insegurança nas instalações da companhia. A política de insegurança da direção da Petrobras vem causando uma média de uma morte por mês nos últimos anos. Além disso, a redução do efetivo casa com os planos de fatiamento das refinarias para entregá-las ao mercado, como já prometeu Pedro Parente, presidente da companhia.

O desmonte da Petrobras em curso
A Petrobras é hoje detentora de praticamente toda a produção de derivados de petróleo no país. No entanto, a diretoria da Petrobras age como lobista dos interesses privados, oferecendo instalações rentáveis e eficientes para usufruto das multinacionais.

Não há vantagem para a Petrobras nessa operação e, pior, há muito prejuízo para a população, que certamente sofrerá ainda mais com o encarecimento dos combustíveis, caso as vendas sejam efetivadas.

Privatização da Petrobras é parte do programa de Temer
A privatização da Petrobras vem no mesmo sentido das reformas Trabalhista, da Previdência e da lei da terceirização impulsionadas pelo governo Temer. Todas essas ações retiram direitos e conquistas dos trabalhadores e do povo brasileiro para entregá-los em forma de lucro ao capital financeiro.

É preciso utilizar a força desse movimento para impulsionar a luta contra a redução de efetivo que já está sendo implementada há muito tempo em outras áreas de atuação da Petrobras, como a exploração e produção de petróleo, além dos prédios administrativos.

O sucesso dessa greve dos petroleiros fortalece a luta de toda a classe trabalhadora contra Temer e o Congresso, além de abrir caminho para o enfrentamento às privatizações e `a redução de direitos no próximo acordo coletivo de trabalho.