Por: Jean Montezuma, de Salvador, BA
Já estamos na véspera do 30 de junho, o dia da greve geral nacional convocada pelas centrais sindicais e movimentos sociais, mais um capítulo da luta da classe trabalhadora contra as reformas que visam caçar direitos históricos e também botar para fora o governo golpista e ilegítimo de Michel Temer (PMDB). Os trabalhadores e trabalhadoras baianos são parte dessa luta. Por todo Estado existem articulações e um calendário de mobilização para fazer do dia 30 um novo marco na luta contra o governo e seus ataques.
Na capital e nas principais cidades do Interior do estado, a Fentre Brasil Popular e as centrais sindicais CTB, CUT, CSP-Conlutas e Intersindical estão convocando manifestações para exigir que parem as reformas e que Michel Temer saia imediatamente do governo. É parte do debate também o repúdio a qualquer acordão “nas alturas” para viabilizar uma eleição indireta, por isso, a exigência de eleições diretas e gerais, já.
Em Salvador, ocorrerão duas manifestações. Pela manhã, às 6h, haverá um ato na região do Iguatemi, centro financeiro da capital, e pela tarde, às 15h, uma passeata com concentração no Campo Grande, que caminhará em direção à Praça Castro Alves.
Em Camaçari, cidade que possui uma das maiores concentrações industriais da região Nordeste, também tem manifestação marcada para acontecer às 10h, na Praça Desembargador Monte Negro. Já em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, a manifestação será às 7h, em frente à Prefeitura da cidade.
Além dos atos que irão ocupar as ruas de cidades dos quatro cantos da Bahia, o dia 30 será marcado também pela adesão de muitas categorias, que já se decidiram pela paralisação. É o caso do setor da educação e dos funcionalismos estadual, federal e municipais. Os metalúrgicos e os químicos também estão comprometidos com a greve. Os petroleiros marcaram o início da greve da categoria para o dia da greve geral e, segundo o sindicato, confiam numa adesão, por parte dos trabalhadores, maior até mesmo do que ocorreu no dia 28 de abril.
Os bancários, que paralisaram todas as agências em abril, se posicionaram por parar novamente, mas a pressão dos bancos é enorme. O setor de transportes, por sua vez, tem sofrido forte pressão dos patrões e dos prefeitos aliados do governo golpista de Temer. Em Salvador, os ferroviários já anunciaram que irão parar, enquanto o sindicato dos rodoviários ainda fará uma assembleia nesta quinta, para decidir. Na greve geral de 28 de abril, 100% dos ônibus permaneceram nas garagens, uma demonstração de força da categoria. Agora, é preciso se apoiar na força da unidade em prol da greve geral, dizer não à pressão da patronal e do prefeito ACM Neto (DEM), e repetir a dose.
Confira quem vai parar na Bahia na Greve geral contra Temer e suas Reformas
Ferroviários
Petroleiros
Químicos
Servidores públicos federais, estaduais e municipais
Previdenciários
Correios
Vigilantes
Bancários
Metalúrgicos
Comerciários
Professores
Sentir
Sindiferro
Sindicato dos Profissionais em Pesquisa
Sindiborracha
Sindicatos da Agricultura Familiar
Sintercoba
Sindalimentação
Atos
Salvador: Às 6h, no Iguatemi e às 15h, no Campo Grande
Camaçari: Às 10h, na Praça Desembargador Monte Negro
Feira de Santana: Ato público às 7h, em frente à Prefeitura
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