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Especiais
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É hora de intensificar a preparação do dia 30 de junho

EDITORIAL 28 DE JUNHO

A greve geral do dia 30 de junho ainda é um desafio. Vários protestos estão marcados, mas o que pode fazer a diferença é intensificar a paralisação. Em São Paulo, já está confirmado ato na Avenida Paulista. No Rio, terá ato na Candelária.

Metroviários, bancários e professores vão participar da mobilização. Em São José dos Campos, no Interior do estado de São Paulo, metalúrgicos vão parar. No Rio de Janeiro, bancários, professores e petroleiros já estão chamando a greve. Em Belo Horizonte, os bancários também participam. Em Brasília, metroviários, rodoviários, bancários e professores vão se mobilizar. Em Fortaleza, no Ceará, os rodoviários confirmaram participação. Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, bancários e metroviários vão parar. No país todo, trabalhadores dos Correios já decidiram pelo dia 30, ou vão discutir a greve em assembleias.

Esses são apenas alguns exemplos de categorias que vão parar nas principais cidades do país. No mínimo, a economia será afetada e todos os jornais serão obrigados a noticiar o ato, como foi no dia 28 de abril. O tema já está entre os mais comentados do Twitter, com a hashtag #SextaTemGreve. Com certeza, esta greve vai enfraquecer ainda mais o governo Temer e as reformas Trabalhista e Previdenciária.

Todo ativista pode fazer algo para fortalecer o decisivo dia 30 de junho. Quem não puder mobilizar seu local de trabalho, pode ajudar no ato de alguma categoria que vai parar. O importante é ajudar a greve a ser vitoriosa. Nosso futuro depende disso.

Mas, a responsabilidade decisiva é das direções das centrais sindicais. Os trabalhadores estão fazendo sua parte. Faltam dois dias e o esforço para a mobilização deve ser redobrado. O caminho não está fácil, uma parte das centrais não tem o mesmo compromisso com o dia 30, como aconteceu em relação ao 28 de abril. A Força Sindical, UGT, CSB e Nova Central cumpriram um papel lamentável. A CUT e a CTB vão ter uma enorme responsabilidade, têm grande peso na realidade e podem fazer a diferença. Neste momento, as vacilações vão cobrar um preço altíssimo.

Temer ainda tem maioria no Congresso, mas greve pode mudar isso
A chance que temos de barrar as reformas que retiram direitos é única. Michel Temer é o primeiro presidente denunciado por crime durante o mandato, da história do país.

Só não caiu ainda porque a classe dominante não tem um nome para a substituição e tem medo do movimento por eleições diretas. O governo é o mais odiado dos últimos 30 anos, no mínimo.

Mas, essa oportunidade não pode ser perdida. Se a mobilização não for boa, o governo pode se segurar por mais tempo no governo e isto vai facilitar a aprovação das reformas. Elas não são um projeto apenas de Temer, mas de toda a burguesia brasileira, que quer retirar direitos dos trabalhadores para aumentar seus lucros.

Apesar da crise, o governo segue com maioria no Congresso, onde vão ser votadas as reformas. Por isso, Temer se apressa, para que a aprovação delas seja rápida. A única força capaz de mudar a situação atual é a organização e mobilização dos trabalhadores.

Foto: Carol Burgos | Esquerda Online