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Contra reformas e desmonte da Petrobras, petroleiros do Litoral Paulista aprovam greve geral

Por: Leandro Olimpio, de Santos, SP

Uma das categorias mais importantes e tradicionais do país, os petroleiros do Litoral Paulista decidiram na noite de ontem (21), em assembleia, realizar a greve geral de 30 de junho nas unidades da Petrobras na Baixada Santista e Litoral Norte.

A decisão reserva aos petroleiros, mais uma vez, um protagonismo importante na luta contra as “reformas” de Michel Temer e o desmonte da Petrobras. A categoria vem sofrendo duros ataques do presidente da companhia, Pedro Parente, homem de confiança do ilegítimo governo Temer. A venda de ativos valiosos por preços criminosos e sem licitação, o aprofundamento da entrega do pré-sal e o enxugamento da força de trabalho, por meio de programas de demissão voluntária, são algumas das medidas aplicadas para destruir a empresa e, assim, escancarar ainda mais o lucrativo setor petrolífero do país às multinacionais.

Diante da importância econômica e política da Petrobrás para o país, não é possível visualizar os ataques à companhia sem a compreensão de que são parte fundamental do pacote de maldades do governo. A lei de terceirização, já aprovada, e as reformas trabalhista e previdenciária cumprem, aliás, o mesmo papel das medidas que prejudicam os petroleiros: através da perda de direitos sociais e trabalhistas, aumentar ainda mais o lucro da elite nacional e internacional. A destruição da CLT permitirá ao empresariado explorar ainda mais a classe trabalhadora e a destruição da previdência irá injetar ainda mais recursos na infinita dívida pública e engordar os cofres dos planos de previdência privada.

Por isso, a decisão dos petroleiros é fundamental. Sozinhos, não serão capazes de enfrentar à altura o gigantesco ataque que se abate sobre a Petrobras e seus direitos.

A greve geral na Baixada Santista

A aprovação da greve em petroleiros é também, em nível regional, um importante incentivo para que as demais categorias da Baixada Santista sigam o exemplo e aprovem a greve em suas assembleias e fóruns. Serve ainda de pressão para que as direções sindicais vacilantes não percam mais tempo e construam em suas categorias o 30 de junho.

A Frente Sindical Classista da Baixada Santista, que reúne os sindicatos combativos da região, vem realizando panfletagens com a defesa da greve geral para barrar as reformas. Os sindicatos que compõem a frente, dentre eles servidores de Santos, petroleiros, metalúrgicos, bancários e trabalhadores do judiciário federal e estadual, se reuniram na última segunda-feira (20) para discutir algumas estratégias para a greve geral na região.

Para garantir um forte 30 de junho, construído pela base, essas iniciativas devem ser acompanhadas por uma medida fundamental: a convocação de uma Assembleia Geral que reúna todo o movimento sindical para discutir e definir os detalhes da greve geral na região. No dia 28 de Abril, quando a Baixada Santista parou desde as primeiras horas da madrugada, essa experiência foi realizada no dia 26, dois dias antes, e se mostrou um grande acerto. Com o auditório do Sindicato dos Petroleiros cheio, conseguiu reunir parte importante dos sindicatos, estudantes e movimentos sociais dispostos a construir a greve, dando aos trabalhadores uma grande injeção de ânimo e confiança.

A greve geral é uma necessidade da classe trabalhadora, sendo parte importante da luta pela derrubada das reformas e de Temer. Neste sentido, é urgente empreender todos os esforços possíveis para garantir que a Baixada Santista seja mais uma vez um foco de resistência e luta contra a retirada de direitos.