O menchevismo de Stalin e Vyshinsky venceu nos processos de Moscou, não na História do proletariado

Por: Enio Bucchioni

Nestes 100 anos que abalaram o mundo, vamos relembrar a Revolução Russa de 1917 através de um terceiro artigo de uma série baseada nos Escritos de Leon Trotsky.

Neste texto serão abordadas as questões sobre o poder, programa e partido, como a maioria da velha guarda bolchevique capitulou ao stalinismo , como eles confessaram os ‘crimes’ horrorosos que não cometeram e a vitória do menchevismo nos famosos e sinistros Processos de Moscou.

À esquerda, foto original com Lenin , Trotsky e Kamenev. À direita, a mesma foto falsificada pelo stalinismo. Trotsky e Kamenev são eliminados

À esquerda, foto original com Lenin , Trotsky e Kamenev. À direita, a mesma foto falsificada pelo stalinismo. Trotsky e Kamenev são eliminados

 

 

 

 

 

 

 

No Tomo VIII, volume 1 dos Escritos produzidos pela Editorial Pluma em 1977 e que abarca os anos 1936 – 1937 há vários textos referentes a Zinoviev e Kamenev, bolcheviques da velha guarda. O primeiro foi presidente da III Internacional desde a sua fundação em 1919 até 1926; o segundo, presidente do Soviete de Moscou em 1918 e logo depois de Lênin, vice-presidente do Conselho dos Comissários do Povo e do Conselho do Trabalho e da Defesa.

Segundo Trotsky num escrito de 31 de dezembro de 1936 [1], ele afirma que os dois eram tipos profundamente distintos. Zinoviev era agitador; Kamenev , propagandista. Assim, o primeiro era o melhor de todos na arte de falar poucas ideias centrais para uma multidão. O segundo era um ótimo orador para difundir muitas ideias para poucas pessoas. Neste artigo pode-se ler:

Zinoviev se orientava baseado num sutil instinto político. Kamenev preferia raciocinar e analisar…Eles se uniram pela primeira vez em 1917, em oposição à Revolução de Outubro…Posteriormente se uniram contra mim e depois contra Stalin…Durante os últimos treze anos de suas vidas sempre apareceram juntos”

Mais adiante Trotsky escreve no artigo citado:

Apesar de suas diferenças e de terem se formado no exílio sob a orientação de Lenin , eles estavam dotados da mesma capacidade intelectual e da mesma força de vontade. A capacidade analítica de Kamenev complementava o instinto de Zinoviev…Ambos estavam profunda, total e abnegadamente entregues à causa do socialismo.”

Diálogos entre Trotsky e Zinoviev-Kamenev sobre a ‘sede do poder’

Em princípios de 1926 a ‘nova oposição’ formada por Zinoviev e Kamenev após romperem com Stalin, com quem dividiram o poder após a doença e morte de Lenin, iniciou uma série de conversações com Trotsky e seus companheiros para planejarem uma ação em comum. Em outro escrito de 3 de janeiro de 1937 [2] pode-se ler:

Kamenev me disse durante nossa primeira conversa: ‘ É evidente que só podemos concretizar este bloco se você está disposto a lutar pelo poder. Mais de uma vez nos perguntamos se você não está cansado e resolveu se limitar à crítica escrita, sem participar nesta luta. Nesta época, Zinoviev , o grande agitador, e Kamenev, o ‘político astuto’ segundo Lenin, tinham a ilusão de que lhes seria fácil reconquistar o poder. “ Basta apenas você e Zinoviev aparecerem juntos na tribuna – me disse Kamenev – e o Partido dirá: ’Aí está o Comitê Central!!.Aí está o governo!. A questão é: você está disposto a formar um governo? “

Trotsky relembra no artigo citado que ele “ já havia passado três anos de luta na Oposição [1923-1926] e não compartia estas esperanças otimistas. Nosso grupo [trotskysta] tinha bastante claro a segunda etapa da revolução …das crescentes discrepâncias entre a burocracia e o povo, da degeneração do estrato dirigente e sua tendência ao nacional-conservadorismo e da profunda repercussão que exerciam as derrotas do proletariado internacional sobre o destino da URSS.

Eu não concebia o problema do poder de forma isolada, isto é, independente destes importantes processos internos e internacionais. Via a Necessidade de formar novos quadros e aguardar os acontecimentos. Por isso respondi a Kamenev :

– De nenhuma maneira me sinto ‘cansado’, porém opino que devemos nos armar de paciência durante um lapso de tempo prolongado, durante todo um período histórico. Hoje não se trata de lutar pelo poder, mas sim de preparar os instrumentos ideológicos e os métodos organizativos de luta enquanto aguardamos um novo ascenso revolucionário. Quando ele virá?. Não sei”.


Zinoviev e Kamenev abandonam e renegam o programa da Oposição Unificada

Nos dezoito meses seguintes , após a formação da Oposição Unificada de Trotsky-Zinoviev-Kamenev ser derrotada pela aliança entre o stalinismo e a ala direita do partido [Bukharin- Rykov- Tomsky], as ilusões de Zinoviev e Kamenev desapareceram e a conclusão deles foi diametralmente à de Trotsky.

Se não podemos tomar o poder na cúpula- me disse Kamenev – somente nos resta submetermos. Depois de muita vacilação, Zinoviev me disse o mesmo; Vladimir Ilitch nos advertiu em seu testamento que o conflito entre Trotsky e Stalin poderia provocar a cisão do partido. Pense em sus responsabilidades !”

Ao que Trotsky respondeu:

Mas, o nosso programa [da Oposição Unificada] é justo ou não?”

Resposta de Zinoviev e Kamenev:

Hoje mais do que nunca!”

Se é assim , disse Trotsky, “a ferocidade da luta que o aparato trava contra nós demonstra que não se trata de diferenças temporárias, mas sim de contradições sociais. Lenin também disse no seu testamento que se as divergências de opinião no partido coincidem com diferenças de classe, nada – e muito menos capitulação! – nos salvará da cisão. …Uma vez mais Zinoviev e Kamenev recuaram ‘por razões que não foram casuais.”

Pouco dias depois desta conversa os dois renegaram o programa da Oposição Unificada para permanecerem no partido de maneira acrítica com a burocracia. Instaram todos os seus seguidores a capitularem à burocracia stalinista.

Qualquer militante que se mantém num Partido desacreditando em seu Programa é, em verdade, um morto-vivo do ponto de vista político. Existe uma identidade indissolúvel entre Programa e Partido. Um Programa requer um partido para implementá-lo e um partido só tem direito à sua existência se aplicar um Programa correto em suas ações na luta de classes do cotidiano.

É muito comum, no entanto, a permanência de militantes num determinado partido independente do seu Programa ter ficado ultrapassado ou deformado. Essa situação pode se dar pelos fatores os mais diversos tais como a lembrança de um passado esplendoroso em suas consciências, pelas amizades que foram feitas nos anos anteriores, pelos círculos sociais desenvolvidos no passado ou até mesmo por alguma vantagem, mesmo que seja pequena, do ponto de vista material.

 

A luta pelo poder do proletariado versus o poder pelo poder dos inúteis

Voltando às lembranças de Trotsky com Zinoviev e Kamenev, nas duas páginas seguintes ele finaliza o artigo citado da seguinte maneira:

Esta foi a nossa última conversa. Jamais voltamos a intercambiar uma só carta, uma só mensagem direta ou indireta. Durante os dez anos seguintes ataquei implacavelmente a Zinoviev e Kamenev pela sua capitulação , apesar de que significou um golpe terrível par a Oposição, teve para eles consequências infinitamente mais graves do que me era possível prever em fins de 1927”.

Por último ,conclui:

Para o partido revolucionário, o poder é o meio de transformação social….A luta pelo poder não é um fim em si mesmo, senão que apenas uma parte da atividade revolucionária em seu conjunto: a educação e a unificação das massas trabalhadoras. A conquista do poder, que surge naturalmente desta atividade e por sua vez o serve, pode proporcionar uma satisfação pessoal. Porém aspirar o poder pelo poder em si é uma atitude excepcionalmente estúpida e vulgar, que somente pode proporcionar satisfação a um inútil. ”

Já conheci inúteis atraídos pelo poder pelo poder. Isto aconteceu não somente em partidos imensos, como os antigos PCs da URSS e de vários países do mundo, como também em pequenas agremiações partidárias, O pano de fundo, como sempre, é o recebimento de algum tipo de vantagem material, econômico ou social.

Escrevi há dois anos no artigo “ A propósito do Regime Interno dos Bolcheviques: a visão de Trotsky” no antigo bologconvergencia [3]:

 Em geral, há interesses materiais nesse tipo de agrupamento, mas há também o que se chama de “pequeno poder”, principalmente no interior de organizações muito pequenas. É a conquista do prestígio e a tentação de preservá-lo ad eternum, seja como for possível.

Esse “pequeno poder” é bem real, pois tende a alinhar ao seu redor os bajuladores desejosos de participar desse círculo. Dentro de tal corte, é muito comum que surjam os ataques mais raivosos contra todos aqueles que discrepam da linha oficial, com o objetivo de afastá-los do Partido. Isso é feito, muitas vezes, através da “auto exclusão”, ou seja, o(s) que está (ão) em minoria acaba (m) por se afastar “voluntariamente” da organização”.

 

Zinoviev-Kamenev e a falta de caráter

Já no artigo citado de 31 de dezembro de 1936 ,Trotsky escreve:

Não há razões de peso que me obriguem a assumir responsabilidade política ou moral sobre Zinoviev e Kamenev. Sempre foram meus ferrenhos adversários, com exceção de um breve período (1926-1927). Pessoalmente, não confiava muito neles. Porém é certo que eles eram intelectualmente superiores a Stalin. Porém lhes faltava caráter. Este é o traço que Lenin levou em conta quando disse em seu testamento que ‘não é casual’ que Zinoviev e Kamenev haviam sido contra a insurreição do outono de 1917. Não puderam suportar a pressão da opinião pública burguesa. Quando as profundas mudanças sociais começaram a se cristalizar na União Soviética, combinadas com a formação da burocracia, ‘não é casual’ que Zinoviev e kamenev se deixaram arrastar para o bando da burocracia stalinista.”

Aliás, deve-se lembrar que nesses anos no poder- 1923-1925, Zinoviev e Kamenev foram os expoentes da luta contra o que eles chamaram de ‘trotskysmo’, argumentando que isso não tinha nada a ver com o leninismo. Ou seja, eles se autoproclamavam herdeiros do leninismo junto com Stalin. Este último, em 1924, escreveu a tristemente famosa e farsesca “ Questões do Leninismo” no combate contra Trotsky.

Também não foi ‘casual’ que Zinoviev e Kanenev capitularam à burocracia logo após a derrota da Oposição Unificada com Trotsky em 1926. Daí por diante, de capitulação em capitulação, os dois não mediram esforços para se ajoelharem frente ao stalinismo.

Em 1933 Zinoviev e Kamenev não somente voltaram a se retratar, como também se prostraram frente a Stalin. Nenhuma calúnia lhes parecia demasiadamente vil para lança-la contra a Oposição [trotskysta], e especialmente contra a minha pessoa. Sua autodestruição os deixou impotentes frente à burocracia, que a partir de então passou a exigir-lhes qualquer confissão. Seu destino posterior foi o resultado destas capitulações e auto – humilhações”, assim escreve Trotsky no artigo já citado.

 

Zinoviev e Kamenev : o final trágico de suas vidas antes de serem fuzilados por Stalin

Como já vimos no primeiro texto desta série dos 100 anos que abalaram o mundo, o assassinato do stalinista Kirov pela GPU em 1935 teve por objetivo exterminar todas as Oposições no interior da antiga União Soviética em decorrência dos três Processos de Moscou movidos pela burocracia. Há historiadores como Oswaldo Coggiola – em sua excelente introdução ao livro de Trotsky sobre a biografia de Stalin – que menciona um outro historiador e sociólogo russo, Vadim Rogovin, onde este afirma que Stalin deteve cerca de quatro milhões de pessoas, sendo 800 mil fuzilados nesta época.[4]

O principal acusador- a mando de Stalin – dos Processos de Moscou foi o Procurador Geral Andrei Vyshinsky, que ingressou na ala menchevique do Partido Operário Social Democrata russo em 1903 e por lá ficou por pouco tempo., abandonando a política e se acomodando dentro do regime czarista. Em 1917, após a derrubada do czar, voltou ao menchevismo e combateu ferozmente a Revolução de Outubro. Foi Vyshinsky quem assinou a ordem para prender Lenin após as Jornadas de Julho, onde este e outros bolcheviques eram acusados de agentes do governo alemão pelo governo provisório de Kerensky.

Só se filiou aos bolcheviques em 1920, ou seja, quando o governo de Lenin havia vencido por completo os exércitos brancos durante a guerra civil. Vyshinsky, adversário mortal da Revolução de 1917, foi o agente que Stalin utilizou para poder fuzilar quase todos os membros do Comitê Central bolchevique que fez a Revolução. Esse antigo menchevique ocupou posteriormente altos cargos sob o stalinismo, como Ministro das Relações Exteriores e representante da União Soviética na ONU.

Nestes processos, segundo Coggiola, “ o mundo assistiu consternado às ‘confissões’ de boa parte dos dirigentes da revolução de 1917: Kamenev dizia:

Estamos aqui sentados lado a lado com os agentes de departamento da polícia secreta estrangeira…servimos ao fascismo ,organizamos a contrarrevolução contra o socialismo. Este foi o caminho que tomamos e este é o abismo desprezível traição em que caímos’

Zinoviev, o ex-presidente da Internacional Comunista dos tempos de Lenin confirmava:

Sou culpado de ter sido o organizador, secundando apenas Trotsky no bloco trotskysta-zinovievista, da proposição com o objetivo de assassinar Stalin, Voroshilov e outros líderes…Fizemos uma aliança com Trotsky. Meu bolchevismo distorcido acabou se transformando em anti-bolchevismo e através do trotskysmo chegou ao fascismo. O trotskysmo é uma variação do fascismo e o zinovievismo uma variação do trotskysmo”. [4]

Claro está que o objetivo estratégico do stalinismo era atingir o trotskysmo ,o surgimento e desenvolvimento da IV Internacional.

escritos

 

Como a velha guarda bolchevique confessou ‘seus crimes’?

Em 3 de março de 1938 em seu artigo “Tras los Juicios de Moscu”, Trotsky escreve [5]:

A perseguição jornalística [em todos os meios de comunicação da antiga URSS] contra a oposição tinha que abrir o caminho a produções jurídicas teatrais, espetáculos com testemunhas, juízes e acusados. E como os antigos bolcheviques eram os mais perigosos, a GPU[polícia política da burocracia stalinista] devia , portanto, provar que eram espiões e traidores, para ,desse modo, degradá-los.

O método da GPU era o método da Inquisição moderna: isolamento total [ prisão dos acusados], detenção dos parentes, das crianças da família, dos amigos, execução de ‘alguns’ dos acusados durante a preparação do processo (Karajan, Ienukidze e muitos outros) ,ameaça de executar familiares e o clamor uniforme da imprensa totalitária contra os réus. Tudo isso é suficiente para destruir os nervos e aniquilar a vontade dos prisioneiros. Isto, sem o uso do ferro de marcar ou da água fervendo, é tudo o que se necessita para obter ‘confissões voluntárias’.”

O método stalinista consistia ,em essência, em delação dos círculos familiares, de amizade e de trabalho do acusado através de ameaças de prisão e/ou da morte dessas pessoas. Uma vez obtidas essas delações, o acusado já era um morto-vivo e fazia a sua própria “confissão’, ou seja, uma auto-delação com o objetivo de ganhar a clemência da burocracia no sentido de não ser fuzilado. Em vão. Depois de se auto – acusarem publicamente, os réus eram assassinados. Com um detalhe: não havia provas de seus supostos atos contrarrevolucionários. As delações e ‘confissões dos acusados’, para Vishinsky, eram mais que suficientes.

Relembrando apenas um exemplo, Anton Ciliga, fundador do Partido Comunista da Yuguslávia

, simpatizante da oposição de esquerda, ficou preso de 1930 a 1935 nas prisões stalinistas e, segundo Trotsky num artigo dos Escritos de 1º de janeiro de 1937, Ciliga confirmou que “ os prisioneiros eram levados várias vezes por dia para os pátios de execução e logo após voltavam às suas celas. Esse processo é efetivo. Não se empregam ferros quentes, nem medicamentos especiais. Bastam os efeitos que exercem os passeios deste tipo sobre a moral dos detidos.”

Um marinheiro que esteve preso um período com Ciliga acabou ficando louco após tantas e tantas dessas simulações de fuzilamento, pois o detido ‘morria’ e ‘ressuscitava’ várias vezes ao dia.

O menchevismo de Stalin e Vyshinsky venceu nos processos de Moscou. Não na História

No artigo de 10 de março de 1938 intitulado “Una Clave em los Juicios de Moscu’ Trotsky escreve [6]:

A única conclusão possível para Vyshisky depois da última série dos Processos de Moscou é que o governo soviético não é nada mais que uma maquinaria centralizada de traição”.

Nesse texto, ele relembra os principais revolucionários de 1917 fuzilados a mando de Stalin com exceção de Trotsky, exilado no México naquela data:

Os chefes de governo e a maioria dos Comissários do Povo (Rykov, Kamenev, Rudzutak,Smirnov, Iakoklev, Rosengoltz, Chernov, Grinko, Ivanov, Osinski e outros);

– os mais importantes diplomatas soviéticos(Rakovsky, Sokolnikov, Krestinski,Karajan, Bogomolov, ,Iurenev e outros);

– todos os dirigentes da Internacional Comunista (Zinoviev, Bukharin, Radek);

– os principais dirigentes da economia (Piatakov, Smirnov,Serebriakov,Lifshits e outros) ;

– os melhores capitães e chefes do Exército (Tukachevski, Gamarnik, Iakir,Uborevich, Kork, ,Muralov, Mrajkovski, Alksnis, ,o almirante Orlov e outros);

-os mais destacados revolucionários operários produzidos pelo bolchevismo em trinta e cinco anos( Toriski, Ievdokimov, Smirnov, Bakaev, Serebriakov, Boguslavski e Mrajkovski);

– os dirigentes e membros do governos das repúblicas soviéticas russas ( Sulimov, Varvara, Iakokleva); os dirigentes de todas s repúblicas soviéticas sem exceção , isto é, os dirigentes produzidos pelo movimento das nacionalidades liberadas ( Budu, Mdjvani, Okudshava, Kavtaradze, Goloded, Skripnik, Liubchenko, Nestor Lakoba,, Faizul Jodshaev, Ikramov, e dezenas de outros)…;

– finalmente, e isso é o mais importante, os membros do todo-poderoso Birô Político , atualmente o poder supremo do país: Trotsky, Zinoviev, Kamenev, Tomsky, Rykov, Bukharin, Rudztak,, todos eles conspirando contra o poder soviético durante os anos em que tinham o poder em sus mãos!

Enfim, os stalinistas e os PCs do mundo inteiro estavam de mãos livres daí em diante e até hoje, para aplicar a política de colaboração de classes com a burguesia em todos os lugares tal qual o próprio Stalin pregava em relação ao governo provisório após fevereiro de 1917 e antes das Teses de Abril de Lenin. Nos processos de Moscou o menchevismo venceu o bolchevismo nas mãos de Stalin e Vyshinsky !.

No entanto a História mostrou que seus sucessores- Kruschev, Breznev, Gorbachev, Ieltsin e Putin- continuaram a obra do stalinismo até o capitalismo ser restaurado na URSS. Assim ficarão relembrados para sempre, como os coveiros da Revolução socialista de 1917.


Notas:

[1] – Tomo VIII, volume 1 dos Escritos produzidos pela Editorial Pluma em 1977 , artigo cujo título é ‘Zinoviev e Kamenev’

[2] – Tomo VIII, volume 1 dos Escritos produzidos pela Editorial Pluma em 1977 , artigo cujo título é “La ‘Sed de Poder’ “

[3] – http://blog.esquerdaonline.com/?p=4496

[4] – Stalin-biografia de Trotsky com estudo preliminar de Oswaldo Coggiola -Editora Livraria da Física.

[5] – artigo “Tras los Juicios de Moscu” no Tomo IX, volume I, dos Escritos 1937-1938

[6] – artigo “Una Clave em los Juicios de Moscu’ no tomo IX, volume 2, dos Escritos 1937-1938.