Por: Diogo Xavier, de Recife, PE
O Campeonato Brasileiro das Séries A, B e C começaram nesse final de semana e, já nessa primeira rodada, jogadores se posicionaram contra a ReformaTrabalhista, que afeta a Lei Pelé e pode prejudicar mais de 30 mil atletas profissionais no Brasil.
Longe dos grandes clubes, a realidade da grande maioria dos jogadores de futebol no Brasil não é de salários milionários e contratos extensos. Apenas 10% dos jogadores de futebol recebem mais de R$ 1000 por mês. Uma grande parte só joga meio período do ano e completa a renda com profissões extras.
Essa alteração permite o parcelamento das férias dos atletas, muda a relação de idade, permitindo que meninos de 12 anos já possam assinar contratos com clubes, institui menos de 24 horas de descanso e uma maior insegurança nos contratos dos atletas. Essas medidas foram criticadas pela Federação Nacional de Atletas Profissionais de Futebol (FENAPAF), que garantiu que irá continuar com as ações. A CBF, no entanto, age contra os interesses dos atletas e apoia essas reformas.
Essa é mais uma ação importante de atletas que já tinham se manifestado através do Movimento Bom Senso. Muitas mudanças ainda precisam ser feitas, tanto para os atletas de alto nível, mas, principalmente, para aqueles que são o pé-de-obra e estão longe dos holofotes dos torneios nacionais.
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