Por: Felipe Nunes, de Natal, RN
A greve geral em Natal começou logo cedo com a paralisação de 70% das frotas de ônibus pelo sindicato dos rodoviários. A Guararapes, uma das maiores fábricas do estado, também amanheceu paralisada com bloqueios na entrada. Os empresários tiveram que recuar e liberaram os trabalhadores (as) da fábrica em seguida.
Houve bloqueios na BR 406, que liga a capital a cidades da Região Metropolitana. Um homem furou o bloqueio e depois atirou contra os manifestantes, ferindo uma pessoa. A juventude do movimento estudantil saiu em cortejo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e fechou a principal avenida da cidade, a BR 101, por cerca de duas horas, cantando palavras de ordem em denúncia aos ataques do governo Temer.
Ainda pela manhã, houve bloqueio em uma das pontes que ligam a região Norte à Sul da capital. No Interior do estado, em Mossoró, petroleiros e trabalhadores terceirizados fecharam o acesso da BR-304 e em Currais Novos, região Seridó, os trabalhadores e a juventude bloquearam a BR-226.
Os bancários realizaram piquetes nas agências bancárias da capital e do Interior, impedindo a entrada de “fura-greves”. Os trabalhadores da saúde realizaram piquetes e atos em frente aos grandes hospitais da cidade, conversando com usuários e moradores dos bairros arredores. Os trabalhadores da CAERN também realizaram piquetes nas unidades da companhia. O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias do Rio Grande do Norte aderiu à greve geral e reduziu os serviços ferroviários na cidade.
A mobilização segue à tarde, com um grande ato às 15h, em frente ao shopping Midway. Caravanas estão vindo de todo o estado. Cerca de 40 mil pessoas são esperadas para o ato.
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