Por: Ademar Lourenço, de Brasília
Parecia domingo na capital do país. Os ônibus e o metrô paralisaram totalmente suas atividades. Mas isso não causou engarrafamentos. Na verdade, as ruas ficaram vazias. Grande parte dos trabalhadores não saiu de casa e os comércios ficaram de portas fechadas.
No início da manhã, várias ruas e estradas nas cidades satélites foram bloqueadas. Em Planaltina, a militância do MAIS participou do fechamento da estrada que dá acesso à cidade. Ás 11 horas, a maioria dos ativistas se reuniu na Esplanada dos Ministérios, onde ficam os prédios do governo federal.
O ato reuniu centrais sindicais, movimento estudantil, movimento popular e também contou com a participação de indígenas, que estão acampados em Brasília desde segunda-feira. A manifestação chegou a ter 10 mil pessoas e acabou às 14 horas.
“É um absurdo esse governo Temer. Além de acabar com a aposentadoria e com os direitos trabalhistas, ainda quer privatizar os Correios”, disse Jacó, trabalhador dos Correios e militante do MAIS. Desde quarta, os funcionários da empresa estão em greve.
Jorge Henrique, diretor do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal e militante do MAIS, falou sobre a mobilização dos servidores locais. “Esse ato também é contra o governador Rodrigo Rollemberg, que dá calote nos servidores e quer privatizar a saúde”, disse.
A Polícia Militar fechou o Congresso, que não funcionou. Apesar do aparato de repressão, o ato acabou pacificamente.
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