Por Martina Gomes, de Porto Alegre, RS

Em uma greve histórica municipários de Cachoerinha impõe um recuo na política desastrosa de perda salarial e retirada de direitos proposta pelo prefeito Miki Breier (PSB). A mediação realizada na tarde de quinta-feira (13), na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), terminou com proposta de suspensão, pelo prazo de 60 dias, das vigências das leis aprovados pela Câmara de Vereadores de Cachoeirinha no dia 24 de fevereiro. A proposta será levada para votação em assembleia dos servidores municipais, em data a ser definida.

Caso o acordo seja aprovado pelos municipários, a proposta segue para o Legislativo e a greve, que já dura 39 dias, poderá ser suspensa. Outros itens garantidos na mediação são:criação de um grupo de trabalho (GT), com representações por categoria, para definir formas de compensação para as perdas sofridas com o pacote de ajustes; debate sobre os percentuais de progressões, com uma regra de transição.

De acordo com o SIMCA (Sindicato dos Municipários de Cachoerinha) este importante passo não significa a derrota total do pacote. Por este motivo, a categoria deve seguir alerta e resistente e na segunda-feira, já estão previstas atividades de mobilização e vigílias em torno da Prefeitura da cidade. Em um momento de aprofundamento dos ajustes nas cidades e estados com mudanças nas condições de trabalho dos servidores, a mobilização dos municipários de Cachoerinha indicam a possibilidade de luta e vitória.