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BRASIL

‘Mandato de Jean Wyllys (PSOL) não será suspenso’, decide Conselho de Ética da Câmara

Da Redação

Nesta quarta-feira (5), o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu pela não suspensão do deputado Jean Wyllys (PSOL). O parlamentar corria o risco de ter o exercício do mandato paralisado em 30 dias, caso a decisão fosse favorável ao processo aberto em 2016 por supostamente ter cuspido na direção de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a sessão que decidiu pelo Impeachment de Dilma Roussef. Na ocasião, Jean foi insultado com conteúdo homofóbico.

O parlamentar do PSOL é o único homossexual assumido da casa. Em contrapartida, Bolsonaro é conhecido por vociferar ofensas de cunho preconceituoso contra mulheres, homossexuais, negras e negros e outras minorias. Tem um discurso totalitário contra movimentos sociais e, inclusive, faz apologia à ditadura militar. Na mesma sessão, durante a votação do impedimento da ex-presidenta Dilma, Bolsonaro fez referência ao Coronel Ustra, torturador da Ditadura Militar conhecido pela crueldade.

A decisão do Conselho teve 9 votos contrários contra 4 a favor. O relator foi o deputado Ricardo Izar (PP-SP). Izar defendia a suspensão de Wyllys por quatro meses. Apesar da votação favorável ao deputado do PSOL, o Conselho decidirá, ainda nesta quarta-feira, se o caso caberá advertência, ou não, ao deputado.

Atualização

Apesar de ser contrário à suspensão, o conselho decidiu pela advertência ao deputado Wyllys. O parecer alternativo foi apresentado pelo deputado do PSB de Minas Gerais Julio Delgado, que defendeu o cuspe como “ofensa moral”, mas sem premeditação. Ainda não se sabe se o caso será encerrado, ou não. Há dúvidas entre os integrantes do conselho sobre se há necessidade de ainda levar a discussão ao plenário.

Fotos: Reprodução Facebook e EBC