Por Bernardo Lima, de Belo Horizonte
Belo Horizonte não para. Depois dos 100 mil manifestantes que tomaram as ruas no 15M e os 12 mil educadores que fizeram do 28M uma das maiores manifestações da história da educação, foi a vez de cerca de 50 mil pessoas manifestarem no ato convocado nacionalmente pelas frentes Povo Sem Medo, Brasil Popular e pelas centrais sindicais nesse 31 de março.
O ato foi convocado na mesma data em que se iniciou os movimentos para o Golpe de 64 e tinha como um de seus objetivos lembrar os crimes do regime militar. Seu objetivo principal, no entanto, era protestar contra os golpistas de hoje. O eixo da manifestação foi denunciar a reforma da previdência e trabalhista em curso, assim como a lei da terceirização aprovada semana passada. As músicas, os adesivos e as faixas deixavam claro para todos que os manifestantes exigem a saída imediata de Michel Temer da presidência da república.
O ato foi marcado pela presença da classe trabalhadora organizada. SindUTE (representante dos trabalhadores da educação estadual), SindREDE (representante dos trabalhadores da educação municipal) e Sindibel (representante dos servidores municipais) estavam em greve e contavam com grandes colunas no ato. Outros sindicatos, tanto do setor público como do setor privado, também compareceram com suas bases. Petroleiros fizeram questão de participar com o uniforme da empresa, simbolizando sua intenção de lutar contra a privatização da mesma.
O movimento estudantil e o movimento popular também estavam presentes. Além de milhares de trabalhadores que se juntaram nessa grande manifestação preparatória para a greve geral do dia 28 de abril. Ainda há um longo caminho a ser trilhado para parar o Brasil. Mas se depender da empolgação das dezenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras que protestaram hoje a Greve Geral triunfará.
A manifestação começou na Praça da Assembleia, seguiu pela Av. Olegário Maciel e desceu a Amazonas até a Praça Sete. De lá, continuou até a Praça da Estação. Quando a praça já estava começando a ser ocupada pelos primeiros manifestantes ainda havia pessoas na altura do Mercado Central.
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Foto: Diego Franco David
Fotos de destaque: Lidyane Ponciano.
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