Por: Richard Araújo, de São Paulo, SP
Nesta terça-feira (28), teve início a greve da educação estadual de São Paulo contra a Reforma da Previdência. Como todo início de greve na rede estadual, a adesão está se construindo no decorrer da greve, com uma adesão desigual nas escolas e regiões do estado, mas com um elemento qualitativamente diferente dos anos anteriores: uma forte discussão com a comunidade escolar sobre os impactos das contrarreformas de Temer na vida dos trabalhadores e da juventude.
Os debates têm reunido em diversas escolas centenas de estudantes, pais e mães para debaterem unitariamente os ataques que o governo tenta ocultar, ou minimizar, com a ajuda da imprensa burguesa, criando nas bases da categoria, nos bairros e periferias do Estado uma contrapropaganda aos argumentos e justificativas apresentadas pelo governo golpista.
A força da ação da categoria sobre a comunidade amedronta o governo Alckmin, aliado de Temer, e o principal elemento que explicita o medo no andar de cima foi a nota publicada hoje pela manhã da Secretaria Estadual de Educação, numa categórica tentativa de intimidar os e as milhares de grevistas de Norte a Sul do Estado, assediando moralmente quem se insurge neste momento contra os ataques aos nossos direitos. Mas, a categoria tem respondido ao desafio e enfrentado a truculência.
Depois da grande ação no 15M, a greve sinaliza a possibilidade de ações unitárias nas regiões e bairros periféricos do Estado e numa grande ação no próximo 31 de março, que colocará nas ruas não apenas as e os trabalhadores em educação, mas o conjunto de jovens e trabalhadores que dependem da educação pública, além da adesão dos movimentos sociais. Esse é mais um passo na unidade da classe trabalhadora rumo à construção da greve geral de 28 de abril. Mãos à obra, porque é possível derrotar Temer e suas reformas.
Foto: Jorge Ferreira\Mídia Ninja
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