Da Redação
Sede do INSS, na Presidente Vargas, no Rio de Janeiro, recebeu uma ocupação simbólica de mulheres estudantes e trabalhadoras. A ação foi organizada pela Frente Povo Sem Medo, pelo Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior, o Andes e pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRJ. Em diversos locais do país as sedes do INSS também foram ocupadas.
Após um debate na Candelária, com o tema “Mulheres e a Reforma da Previdência”, que teve a participação das professoras Juliana Fiuza e Sara Grandeman, as mulheres se dirigiram até o prédio do INSS, onde realizaram um jogral com o intuito de demonstrar que são as mulheres as que mais irão sofrer caso seja aprovado o projeto de reforma proposto pelo presidente Michel Temer (PMDB).
“Foi uma ocupação feminista. Essa reforma atingirá especialmente as mulheres. Viemos dizer que depois de um 8 de março vitorioso, estamos ainda mais fortalecidas para não aceitar retrocessos”, explicou a estudante de serviço social Clara Saraiva.
Como parte da ação, as mulheres levaram um caixão para simbolizar a possível futura Previdência como uma funerária, “pois o Temer quer que trabalhemos até morrer”, segundo explicaram.
A iniciativa ganhou a solidariedade dos presentes. Alguns trabalhadores cantaram juntos algumas músicas contra o projeto. Outros, testemunharam seus casos particulares. Um trabalhador afirmou que entrou no mercado de trabalho aos 17 anos e, por isso, de acordo com a reforma de Temer, não poderia se aposentar.
Após o ato, as mulheres se dirigiram à Candelária, onde participarão da manifestação unitária contra a Reforma da Previdência, que irá percorrer a Presidente Vargas em direção à Central do Brasil.
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